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Drone 'barbeiro' e confusão com PM: o título do Flu fora das quatro linhas

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/04/2016 09h35

O Fluminense fez história ao levantar de maneira inédita o título da Primeira Liga. Fora das quatro linhas, algumas curiosidades chamaram a atenção. Ainda durante a partida, um drone que sobrevoava o gramado perdeu o controle e caiu no campo. Um gandulinha entrou rapidamente e retirou o objeto, que, ao ser pousado no chão, iniciou novo voo para não mais voltar. Após o apito final, o foco ficou na confusão envolvendo alguns torcedores e a Polícia Militar de Minas Gerais.

Tampouco acabou o jogo, alguns vândalos com a camisa do Fluminense invadiram o gramado. A polícia agiu imediatamente com bombas de efeito moral e gás de pimenta, gerando uma grande correria. Jogadores e comissão técnica do Atlético-PR correram para o vestiário, mas ficaram lá por pouco tempo, como explicou Walter.

“Difícil, cara. Era para ser uma festa. [Os torcedores] Deveriam estar curtindo e não fizeram isso. No nosso vestiário todo mundo passou mal por causa do gás de pimenta. Foi um momento complicado. Não deu nem para tomar banho. Fomos para o ônibus e só voltamos depois, quando o cheiro já estava melhor”, lamentou o atacante do Atlético-PR e que já defendeu o Fluminense.

A confusão com a PM não interferiu apenas no pós-jogo do adversário. Até mesmo os jogadores do Fluminense sofreram devido à atitude dos vândalos. Isso porque o gás de pimenta se espalhou com o vento e chegou ao local onde os atletas e comissão técnica recebiam as medalhas e o troféu de campeão. Muitos taparam o nariz com a camisa e outros chegaram a ficar com irritação nos olhos devido á substância utilizada pelos policiais.

Esse problema, porém, foi apenas o fim de um dia repleto de confusão. Como a final foi em Juiz de Fora, às 21h45, muitos torcedores do Fluminense foram para a cidade após um dia de trabalho no Rio de Janeiro. Isso gerou um forte engarrafamento na estrada e fez com que muitos tricolores perdessem parte do jogo. Era possível ver torcedores entrando no estádio com o segundo tempo já em andamento.

Para não perder mais tempo do jogo, vários decidiram sentar no gramado entre duas arquibancadas. Havia espaço do outro lado do estádio, mas ninguém queria perder o tempo dando a volta e se instalaram onde conseguiam ver a partida – mesmo sem muito conforto. Sorte que o gol de Marcos Júnior, que garantiu o título do Fluminense saiu aos 35min da etapa complementar. Título comemorado com algumas dificuldades.