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Lugano vê limitações no SP, fala em elenco pequeno e pede mudança tática

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

18/04/2016 10h54

O zagueiro Diego Lugano, 35, concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (18) no CT da Barra Funda e falou sobre a pesada derrota do São Paulo para o Osasco Audax, por 4 a 1, nas quartas de final do Paulistão. Com respostas duras, o uruguaio afirmou que hoje o time não pode ter vergonha de falar dos próprios problemas e pediu mudança na postura tática para não ser eliminado da Copa Libertadores, na quinta-feira, na Bolívia.

"Teremos que ter uma coisa que não tivemos ontem, que é uma ordem inegociável para não corrermos errados. Se fizermos o que fizemos ontem não teremos chance nenhuma. Precisamos ser precisos e coerentes. É um jogo que se joga com o físico, mas muito mais com a cabeça. Segundo dados físicos do Uruguai, corre-se 20% ou 25% menos em La Paz. São Paulo de jeito nenhum é inferior ao Strongest, tem que ser inteligente, respeitar e saber a qualidade dos jogadores adversários", falou Lugano, que comentou as limitações do time ao responder sobre ainda não ter vencido como visitante em 2016.

"Essa estatística é dura, marca uma realidade do São Paulo. Acho que uma hora obviamente a gente vai conseguir essa estabilidade para vencer fora de casa. Mas é uma estatística dura, a gente não pode se iludir. Marca as limitações que hoje temos como time. Não temos que ter vergonha. A realidade fala mais alto. A gente não pode supervalorizar este time do São Paulo que ainda está em reconstrução. Mas também a gente não pode subestimar o São Paulo, porque já mostrou que em momentos difíceis consegue dar a volta por cima", falou o zagueiro.

Além do pedido por uma nova postura tática quando o time estiver sem a posse de bola em La Paz, na Bolívia, Lugano afirmou que o elenco pequeno, sem tantos reforços, atrapalha a campanha em 2016.

"Começamos a temporada jogando no Peru, estamos jogando um jogo a cada dois ou três dias, somando viagens. O elenco é curto, não é suficiente para encarar todas as competições, com viagens longas. Infelizmente a prova está no campo. A gente não consegue manter a mesma intensidade física. Contra o River o São Paulo alcançou o máximo de intensidade física e mental porque teve três dias para preparar o jogo. É uma realidade, um elenco que não é muito grande, jogadores tem se machucado e isso faz com que o time perca intensidade física", disse.

Contra o Audax, o zagueiro cometeu erros em dois gols marcados pelo adversário. Questionado sobre a avaliação do próprio desempenho em Osasco, respondeu: "Ninguém ficou satisfeito, eu estava muito satisfeito com jogos anteriores, mas no jogo de ontem a gente se sentiu superado. Futebolisticamente da gente se sentiu superado, faz você sentir sensações ruins. Faz parte do futebol", falou.

"O líder é o treinador. Quem toma decisões é o treinador. Tem jogadores experientes que marcam certas. Principalmente com o exemplo, não com a palavra. É importante ter exemplo todos os dias, principalmente nas horas ruins. Isso é o tempo que fala por si só. Acho que o São Paulo hoje está precisando de resultados importantes, e quinta-feira nos jogos mais difíceis temos a chance de dar a virada", prosseguiu.

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