Bauza vê Ganso em posição certa e diz que "só faltava treino" para o SP
O técnico Edgardo Bauza está satisfeito com o desempenho apresentado pelo São Paulo nas últimas rodadas. Após a vitória por 2 a 1 sobre o River Plate, que melhorou a condição do clube paulista na Libertadores da América, Bauza salientou que a equipe está encontrando seu melhor futebol, algo que poderia já ter acontecido se tivesse mais tempo para treinar a equipe.
“Estamos fazendo o mesmo que disse há 15 dias. Neste momento, a equipe está em formação, porque venho harmonizando ao longo dos dias. A equipe vem melhorando e ainda teremos melhorias”, explicou Bauza, em entrevista ao “Seleção Sportv”
Ainda segundo o técnico, o problema do São Paulo nunca foi emocional. Os atletas nunca tiveram problemas envolvendo questões relacionadas à confiança, mas sim com o pouco tempo para treinar a equipe e preparar situações que pudessem ser exploradas nas partidas.
“É difícil encontrar a palavra certa para definir a confiança. Para mim, o que faltava era treinamento, dias para conversar e analisar partidas, este são Paulo é diferente daquele (de dias atrás). É uma evolução lógica de uma equipe que vem trabalhando todos os dias e tentando melhorar. Considero que sou um técnico muito simples, meu estilo é, quando a bola estiver com o rival, os 11 precisam ajudar a recuperar. Quando temos nós, todos precisam trabalhar para a bola circular bem e podermos atacar. A premissa é ter uma grande equipe. Se conhecem essas premissas, a equipe vem trabalhando e, ao meu critério, vamos evoluindo”, salientou Bauza.
Ainda segundo o treinador, a classificação ficou mais provável após a vitória sobre o River Plate. Para isso, o São Paulo pode até empatar com o The Strongest, na Bolívia, para avançar de fase. No entanto, para atingir o feito, Bauza diz que é preciso que a equipe seja mais efetiva.
“Estamos tentando melhorar a efetividade. A equipe, não só eu, está evoluindo e indo um pouco melhor. Todos estão eufóricos, mas eu estou tranquilo, porque ainda falta um passo. Precisamos de um bom resultado em La Paz para passar de fase. A essência é o trabalho, a metodologia é a mesma. O problema é que, no Brasil, a quantidade de partidas atrapalha o trabalho. Em outro país, você tem mais tempo para trabalhar para a próxima partida. No Brasil, temos entre 70 e 75 partidas por ano. Para mim, isso é uma loucura, para técnico e atletas. Precisamos ficar horas em campo para resolver problemas. O que tenho que fazer é me adaptar a isso. O mais difícil é trabalhar a ideia de jogo e que os atletas ponham em funcionamento o que se fala. O que tratamos, agora, é aproveitar cada tempo que temos para poder melhorar”, projetou o técnico.
Bom desempenho de Ganso na atual temporada
O meio-campista Paulo Henrique Ganso vive sua melhor fase desde que chegou ao São Paulo, em 2012. De acordo com o treinador, uma “provocação” fez com que o atleta encontrasse a motivação necessária para apresentar o futebol que tem rendido elogios neste início de ano: uma possível convocação para a seleção brasileira.
“Minha proposta era que ele tinha que chegar à seleção. Eu digo isso para ele todas as semanas. Ele tem que jogar na seleção, porque, se é um jogador que melhora algo a mais em seu nível, poderá chegar lá. Se ele conseguir fazer 70 minutos muito bons, como tem feito regularmente, chegará lá”, projetou o treinador.
Para aproveitar o potencial máximo do meio-campista, que já marcou seis gols em 20 partidas nesta temporada, Bauza mudou o seu posicionamento e o colocou para jogar atrás dos atacantes, em uma posição conhecida na Argentina como “enganche”.
“Conversamos no começo (para ver a melhor posição). Está atuando em uma posição que ele gosta. E, para mim, parece que é a melhor para ele. O que lhe pedi é um compromisso com tudo que ele pode dar a equipe. Creio que ele, ao longo da partida, pode dar mais ao time”, salientou Bauza.
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