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Luís Pereira sofreu com Cruyff em 74 e o exalta: "merecia ganhar a Copa"

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

24/03/2016 13h38

Mesmo com a derrota para a Alemanha Ocidental na decisão, a Holanda que disputou a Copa do Mundo de 1974 ficou eternizada. Liderada por Johann Cruyff, falecido nesta quinta-feira (24), vítima de um câncer no pulmão, o Carrossel Holandês encantou o Planeta. O dono da camisa 14 foi preponderante por manter a Laranja Mecânica invicta até a finalíssima, inclusive com um triunfo sobre a seleção brasileira.

O que o meia-atacante fez no duelo contra o Brasil, no último jogo da 2ª fase do torneio, foi inesquecível. A assistência para Johan Neeskens e o seu gol garantiram a vitória dos europeus por 2 a 0.

E há até um jogador da seleção comandada por Zagallo que não se esquece daquele dia. O zagueiro Luís Pereira, atualmente coordenador das categorias de base do Atlético de Madri, lamentou o falecimento do antigo algoz e afirmou que ele merecia faturar a competição.

Bandeiras do Barça a meio mastro pela morte de Cruyff - Germán Parga/FCB - Germán Parga/FCB
Barcelona colocou bandeiras a meio mastro em luto pela morte de Cruyff
Imagem: Germán Parga/FCB

“Sim, fiquei sabendo, eu fiquei triste. Por volta do meio-dia eu liguei a televisão e fiquei sabendo. A gente estava jogando agora de manhã com o time da divisão B e, quando cheguei em casa, vi pela TV. É uma tristeza, foi um excelente jogador, excelente amigo, homem do esporte, um homem que era respeitado por todos”, disse.

“Deixou uma safra excelente como treinador no Barcelona, então a gente fica muito triste. Faltou uma conquista de Copa do Mundo para ele, mas o que fez para o futebol mundial foi extraordinário. É claro que, ganhando [uma Copa], seria uma coisa espetacular”, acrescentou.

Apesar de toda a admiração, a distância de 624 km e o foco no trabalho impediram que eles se encontrassem com frequência. É o que conta o brasileiro radicado na Espanha.

“Ele estava em Barcelona e eu aqui em Madri. Era difícil encontrá-lo porque estou acompanhando aqui o time na segunda divisão, então eram campos distintos. A maior lembrança que tenho dele é que era um grande líder na própria seleção holandesa, como foi também no próprio Barcelona. No Barcelona, como jogador, eu o enfrentei várias vezes. Foi um grande jogador que marcou época aqui no futebol espanhol e mundial. Inclusive o filho dele estava até pouco tempo jogando aqui”, declarou.