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Volante Sandro revela talento na música em shows particulares; ouça o som

Luiza Oliveira e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

29/02/2016 06h00

O volante Sandro ganha a vida jogando bola, mas não pode ver um violão que logo começa a esboçar alguns acordes. É quando os pés ganham um descanso e entra em campo a habilidade das mãos e o gogó afinado. O jogador do West Bromwich-ING, que fez história no Internacional, revela paixão pela música e manda bem em seus ‘shows particulares’ para os amigos.

Apesar do sucesso no mundo do futebol, Sandro tem como maior referência sua família de músicos. A mãe Rosangela, os tios e seu irmão seguiram o caminho artístico. O irmão Saimon até hoje tenta ganhar a vida com a música e costuma se apresentar em um bar de Brasília.

“Eu sempre gosto de cantar com a galera, com a família, com o meu irmão, canto com a minha mãe, mas canto sozinho também, se for o caso”, brinca. “Isso vem da minha família. A minha mãe sempre tocava, sempre cantava, meu irmão Saimon também é cantor, ele já fez alguns CDs, então quando a gente está em casa com a família reunida, fica todo mundo alegre e cantando. Mas é muito difícil, essa área é complicada, você tem que cantar várias músicas. Meu irmão canta num barzinho em Brasília, ele faz outras coisas e toca, até uma hora de ele acertar uma música e fazer sucesso”.

Viver de música não chegou a ser uma opção para Sandro. Ele conta que não queria morrer de fome, e o futebol naturalmente se mostrou um caminho mais promissor. Mas Sandro mostra que ainda leva jeito, especialmente ao arriscar o animado Tchê Tchê Rere, de Gusttavo Lima.

“Tem várias duplas e vários cantores que eu gosto. Tem Jorge e Mateus, Guilherme e Santiago, Gusttavo Lima, Henrique e Juliano, eu gosto também dos mais antigos como o Chrystian e Ralf. O sertanejo mudou muito de antigamente para cá, eu gosto daquele sertanejo raiz, do sertanejo mais antigo e gosto do atual também, entendeu? Quando eu estou de férias e com a minha família, a gente escuta mais aquele sertanejo raiz, as músicas mais antigas e eu adoro”, conta ele.

Sandro está emprestado ao West Bromwich e disputa o Campeonato Inglês - Divulgação/West Bromwich - Divulgação/West Bromwich
Imagem: Divulgação/West Bromwich

Fora dos momentos de lazer, o negócio é focar no trabalho. Sandro tem contrato com o Queens Park Rangers até 2017, mas está emprestado ao West Bromwich, que disputa a Premier League, até o meio desta temporada.

O volante chegou a receber uma proposta do Santos, mas o QPR não liberou o atleta. Agora, ele prefere continuar em Londres, onde já está adaptado e disputa uma competição forte, a se transferir para um mercado menos tradicional como o chinês.

“Quando eu estava no QPR, eu estava na segunda divisão, aí eu estava querendo sair, entendeu? Chegaram várias outras propostas, mas o clube não me liberou. Mas eu preferia estar aqui como eu estou aqui hoje na Premier League, em Londres, cidade onde eu já estou muito adaptado. Hoje a minha preferência é ficar aqui. Se eu tiver a opção de um time bom da Premier League e um time da China, eu vou optar por ficar”, disse.

Mas o sonho de Sandro é um dia voltar ao Brasil e defender o Inter, clube que o revelou, antes de se aposentar. “Eu tenho o sonho de voltar, como eu tinha o sonho de ir para a Europa. Eu não falo sobre voltar hoje. Mas no futuro eu tenho o sonho de voltar e de viver o futebol do Brasil. Tem aqueles jogadores que falam: ‘ah... eu não quero jogar mais no Brasil’. Eu não, eu quero voltar, eu pretendo encerrar a minha carreira no Brasil. ”