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Flu priorizou falar "a mesma língua", e técnico ficou pra depois

Bruno Cantin/Clube Atlético Mineiro
Imagem: Bruno Cantin/Clube Atlético Mineiro

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/02/2016 06h01

Após as demissões polêmicas do técnico Eduardo Baptista e do vice de futebol Mário Bittencourt, o Fluminense decidiu organizar a casa. Para evitar novos problemas, o clube seguiu ordem lógica e priorizou a busca por um homem-forte para o futebol. Encontrou em Jorge Macedo, ex-Internacional, o nome ideal para o cargo de diretor executivo. Agora, com os pitacos do presidente Peter Siemsen, o Tricolor dará a atenção devida à procura do novo treinador.

A decisão faz todo o sentido, já que, dessa forma, o novo diretor executivo fará parte da escolha do próximo comandante. E foi justamente nesse ponto que Peter Siemsen pensou. Por mais que ele tenha Levir Culpi como favorito para comandar a equipem, o fato de esperar a chegada de Jorge Macedo mostra respeito com o novo profissional.

Os dois, inclusive, já se conhecem há bastante tempo. Jorge Macedo foi contratado em 2010 pelo presidente para comandar as divisões de base no início da gestão. É bem verdade que o emprego não durou tanto, já que ele voltou ao Internacional em novembro de 2011. No Internacional chegou ao futebol profissional em 2014, onde voltou a chamar a atenção do Tricolor.

E por pouco Jorge Macedo não parou no rival Flamengo. Isso porque o clube da Gávea perdeu o então gerente de futebol Gabriel Skinner para o Tianjin Quanjian, da segunda divisão da China, que contratou Vanderlei Luxemburgo. O Rubro-negro negociou com Macedo por alguns dias, mas não houve acordo.

Primeiro porque no Flamengo ele seguiria em posição semelhante à do que tinha no Internacional. Uma espécie de número dois do futebol. Isso mudou com a proposta do Fluminense, onde será o principal nome da pasta. Além disso, o Tricolor ofereceu um salário que agradou em cheio. Assim, o dirigente não teve dúvidas em aceitar o convite do clube das Laranjeiras.

Agora, o Fluminense voltará as atenções para a chegada de um treinador. Cuca é o preferido, mas o custo e o fato de ter que ficar até abril sem trabalhar inviabiliza. Assim, Levir Culpi virou o favorito. Ele é o nome que mais agrada o presidente Peter Siemsen e tem salário que cabe na realidade do Tricolor. As conversas devem ocorrer nesse fim de semana, quando o clube espera definir a situação.

O Fluminense não entrará em campo neste fim de semana. Por conta da programação da televisão, o jogo contra o Friburguense foi adiado para quarta-feira, quando o Tricolor será o único a entrar em campo. A partida será no estádio Eduardo Guinle, às 21h45, em Friburgo.