Baptista vence duas seguidas e desabafa: "Se fala muito, mas nem escuto"
A grande vitória obtida contra o Cruzeiro, por 4 a 3, em pleno Mineirão (BH), pela segunda rodada da Primeira Liga, serviu não só para elevar o moral do técnico Eduardo Baptista como também para alcançar pela primeira vez dois resultados positivos consecutivos. A escrita perdurou por 22 jogos, desde sua estreia.
Mesmo com a goleada sobre o Tigres por 4 a 0, no último domingo, pelo Campeonato Carioca, o treinador convivia com pressão e instabilidade no cargo, e o resultado diante dos mineiros serviu como alívio.
“Se fala muito, mas eu nem escuto. O Fluminense é meu prato de comida. Pelo que falam, eu já tinha até assinado com a Ponte Preta. É preciso ter mais responsabilidade. Já é uma pressão. Tem uma multa grande para eu sair do Fluminense, nem me interessa. Sou humilde e trabalhador, e meu foco está no Fluminense. Estou feliz, vejo evolução, mas ainda está longe do que a gente quer, um Fluminense equilibrado e com esse espírito”, destacou.
Apesar de aliviado, Eduardo Baptista se mostrou incomodado com a pressão exercida sobre os técnicos brasileiros de um modo geral.
“No Brasil todos pedem o estilo europeu, lá tudo é lindo. O técnico do Liverpool (ING) pediu dois anos para ser cobrado. Aqui é pressão sempre. Tivemos uma vitória de um Fluminense grande, mas ainda temos que trabalhar bastante”, ressaltou.
Com a vitória sobre o Cruzeiro, o Fluminense chegou aos três pontos na Primeira Liga e assumiu a segunda colocação no Grupo A. Neste domingo, o Tricolor volta suas atenções para o Campeonato Carioca, onde tem pela frente o clássico com o Flamengo, às 19h30 (horário de Brasília), no estádio Mané Garrincha.
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