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Nobre faz 3 anos no Palmeiras com volta da autoestima e aporte financeiro

Paulo Nobre durante a pré-temporada do Palmeiras, em Itu - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Paulo Nobre durante a pré-temporada do Palmeiras, em Itu Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/01/2016 10h00

Começo complicado, com uma luta árdua contra o rebaixamento. Contratações, inauguração de uma nova arena e um título nacional. Os fatos estão ligados à gestão de Paulo Nobre no Palmeiras. Nesta semana, o mandatário alviverde completa três anos à frente do clube.

No pleito realizado no dia 21 de janeiro de 2013, Paulo Nobre, apoiado pelo ex-presidente Mustafá Contursi, derrotou Décio Perin por uma diferença de 47 votos (153 contra 106 do oponente). Tornou-se, dessa forma, o presidente mais novo do Palmeiras desde 1932.

O primeiro mandato de Nobre durou dois anos e acabou marcado, principalmente, pelo retorno à Série A do Brasileirão e pela luta contra um novo rebaixamento, na edição de 2014. Antes mesmo de o time escapar do descenso, o dirigente foi reeleito, em novembro daquele ano, ao derrotar Wlademir Pescarmona, para mais dois anos no comando do clube.

As novas eleições presidenciais no Palmeiras estão marcadas para novembro deste ano. O estatuto do clube impede que Nobre tente novamente a reeleição.

Aumento da autoestima diante dos rivais

O Palmeiras viveu momentos difíceis em 2013 e 2014. No primeiro mandato de Nobre, o clube ainda jogava no Pacaembu e enfrentava dificuldades financeiras. O time, por exemplo, perdeu o patrocinador master em maio de 2013.

O fase ruim também ocorreu diante dos principais rivais do Estado. Em 13 jogos, o time alviverde só venceu uma vez, com seis empates e seis derrotas. A partir do ano passado, o aproveitamento melhorou: nos 14 confrontos contra Corinthians, São Paulo e Santos, a equipe venceu seis partidas, com três empates e cinco derrotas.

Fora de campo, o clube conseguiu aplicar um "chapéu" sobre Corinthians e São Paulo ao contratar o meia-atacante Dudu por R$ 18 milhões. A negociação foi o ponto alto do pacotão de reforços para a temporada 2015. No total, o Palmeiras, sob o comando do diretor de futebol Alexandre Mattos, contratou 25 jogadores.

O fato está ligado à melhora da situação financeira do clube. Em janeiro do ano passado, o Palmeiras acertou com a Crefisa, depois de quase dois anos sem patrocinador master — o contrato de dois anos prevê o repasse de R$ 46 milhões pelo principal espaço na camisa.

Situação financeira

A estabilidade financeira está ligada também aos empréstimos feitos pelo próprio Paulo Nobre. Até julho de 2014, o mandatário já havia repassado aproximadamente R$ 105 milhões ao clube.

O Palmeiras ainda embolsou pouco mais de R$ 55 milhões com a renda líquida dos 38 jogos no Allianz Parque, inaugurado em novembro de 2014. Além disso, o Palmeiras conseguiu aumentar o número de sócios torcedores do clube. Desde a chegada de Nobre, o número passou de 10 mil para 127 mil.

Com o título da Copa do Brasil, conquistado após vitória nos pênaltis sobre o Santos, o Palmeiras voltou à Libertadores após três anos. Em 2013, no começo da gestão Nobre, o time acabou eliminado pelo Tijuana-MEX, nas oitavas de final.

Na preparação para a competição, o Palmeiras anunciou a contratação de mais oito jogadores: o goleiro Vagner, os zagueiros Edu Dracena e Roger Carvalho, os volantes Rodrigo e Jean, o meia Moisés e os meias-atacantes Erik e Régis.

Dança das cadeiras

O Palmeiras de Paulo Nobre manteve a troca constante de treinadores, até mesmo no ano passado, quando a equipe conseguiu chegar a duas finais (do Paulistão e da Copa do Brasil). No meio da temporada, Oswaldo Oliveira deu lugar a Marcelo Oliveira.

Antes, mais três técnicos foram demitidos: Gilson Kleina, Ricardo Gareca, cuja passagem durou apenas 11 jogos, e Dorival Júnior, que comandou o time na reta final do Brasileirão 2014. Além deles, o auxiliar Alberto Valentim comandou o Palmeiras em algumas partidas.