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Vasco x Fla em São Januário terá mesma segurança de "final" do Brasileirão

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/01/2016 06h00

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro confirmou na última segunda-feira o clássico entre Vasco e Flamengo, no dia 14 de fevereiro, para São Januário, pelo Campeonato Carioca. Por conta do histórico de rivalidade entre as torcidas, as autoridades estão em alerta, mas já sabem o modelo de segurança que irão adotar: o mesmo utilizado na partida entre o Cruzmaltino e o Corinthians, em novembro do ano passado, pelo Brasileiro, que rendeu o título do Nacional ao time paulista.

Na ocasião, um grande alarde foi feito antes do duelo, principalmente em São Paulo, em função de possíveis riscos que os corintianos poderiam sofrer na ida ao estádio. Com a carga de ingressos dividida entre 90% para o mandante e 10% para os visitantes, o jogo transcorreu sem maiores problemas.

“A partida é na quarta rodada. Ainda temos tempo para nos organizar. Mas desde que o visitante, no caso o Flamengo, aceite o esquema de 90% e 10%, como foi no caso do Corinthians, não tem problema. A tendência é que seja praticamente o mesmo esquema de segurança do jogo com o Corinthians”, declarou o major Hilmar Faulhabers, que está temporariamente no comando do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) em substituição ao major Silvio Luiz, que está de férias.

No jogo entre Vasco e Corinthians, os paulistas tiveram uma escolta policial desde a chegada ao Rio até o local do duelo. Algumas ruas do entorno foram isoladas para a chegada dos ônibus dos torcedores e da delegação e nenhum registro de violência entre as torcidas foi feito.

Os únicos problemas naquela partida foram a dificuldade de entrada por parte dos vascaínos no estádio, alguns saques feitos por corintianos no bar dos visitantes, uma briga isolada entre cruzmaltinos já na saída de São Januário e prisão de cambistas.

Vice-presidente de obras de Engenharia e Patrimônio do Vasco, André Luiz Vieira afirmou que o estádio está apto a receber o clássico. “Os laudos estão todos em dia. Temos um ano de autorização dos laudos. Vamos fazer conforme foi no jogo com o Corinthians, onde tudo funcionou perfeitamente. Como diz nosso presidente (Eurico Miranda): São Januário está apto a receber clássicos”, destacou o dirigente.

Atualmente, São Januário passa por duas obras: a da construção do Caprres (Centro Avançado de Prevenção, Recuperação e Rendimento Esportivo) e do campo anexo. O Caprres fica próximo ao departamento de futebol, numa região isolada dos torcedores. Já o campo que servirá de treinamento para os profissionais situa-se ao lado da entrada dos visitantes, portanto, um local de maior preocupação.

Andre Luiz Vieira, no entanto, disse que está tudo muito bem cercado: “Também está isolado. A tela está pronta. Não há problema algum”.

No jogo entre Vasco e Corinthians ano passado, o Gepe montou um efetivo com 180 homens, que tiveram o auxílio externo do 4º Batalhão da Polícia Militar (São Cristóvão), da Cavalaria e do Batalhão de Choque.

Último clássico no estádio foi marcado por pancadaria

Embora as autoridades garantam a segurança do clássico e tenham como argumento o bem-sucedido esquema adotado no duelo com o Corinthians, o último Vasco x Flamengo em São Januário não traz boas lembranças. A partida foi válida pelo Campeonato Brasileiro de 2005 e uma grande pancadaria aconteceu no setor dos rubro-negros, que entraram em um violento confronto com a polícia.

O banheiro destinado aos visitantes também ficou completamente destruído na partida que acabou com vitória do Cruzmaltino por 2 a 1.

Meia no atual elenco do Flamengo, Gabriel preferiu não entrar em polêmica e até elogiou São Januário.

"Eu nunca vi um Flamengo e Vasco em São Januário. É um campo grande, bom de jogar. Já joguei lá algumas vezes (pelo Bahia). Mas se é de risco ou não, eu não sei, já que nunca vi Vasco e Flamengo lá. Deixo para a diretoria resolver isso junto com a Federação", disse ao Sportv.