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Desmanche e caixa vazio: Corinthians busca grana emprestada para contratar

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

13/01/2016 15h00Atualizada em 13/01/2016 17h59

O departamento de futebol do Corinthians tenta repor as perdas de quatro titulares com o cinto apertado. Apesar de uma arrecadação estimada em pouco mais de R$ 20 milhões com as vendas de Renato Augusto, Jadson, Ralf e Vagner Love, o clube busca investidores. O dinheiro ficou um pouco mais curto após a falta de acerto para a ida do goleiro Cássio para a Turquia.

Nos últimos dias, o gerente de futebol Edu Gaspar conversou com parceiros na tentativa de levantar empréstimos para comprar jogadores. Um entre os procurados foi o Grupo Sonda, que possui parceria semelhante com o Internacional. Do advogado da empresa, Roberto Moreno, Edu ouviu que seria difícil realizar negócios do tipo com o Corinthians. 

Aos investidores consultados, Edu se queixou do pouco dinheiro arrecadado com as vendas, segundo ele. O Corinthians ainda informou que pretendia levantar recursos para contratar três jogadores: o ex-atleticano Guilherme, já acertado por 1,3 milhão de euros (cerca de R$ 5,7 milhões) e de saída da Turquia, além de outro meia e mais um atacante. 
 
Essas são as posições consideradas prioritárias no elenco. Nas conversas, a direção corintiana declarou a possibilidade grande de contratar apenas do exterior, mas manteve os nomes em sigilo. Adquirir um meio-campista de peso para a função de Renato Augusto é o desejo da comissão técnica. 
 
Em contato com a reportagem, o diretor financeiro Emerson Piovesan disse desconhecer a busca do departamento de futebol por investidores. Segundo ele, o dinheiro das vendas de atletas será absorvido pelo caixa do clube e colocado à disposição de reforços mediante discussões com o presidente Roberto de Andrade. Não há, de acordo com Piovesan, uma verba definida para abafar o desmanche do campeão brasileiro. 
 
Até aqui, com o meia Marlone e o também meio-campista Alan Mineiro, o Corinthians investiu pouco mais de R$ 5 milhões. 
 
A alternativa discutida, vale lembrar, não é a busca de um parceiro para a compra de direitos econômicos, o que está proibido pela Fifa, mas sim de um investidor que empreste dinheiro e dê peso aos cofres do clube para ir ao mercado.