Topo

Cansado de dívidas, Robinho quer garantia do Santos para acertar retorno

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

12/01/2016 06h00

Após encontrar um parceiro e acertar salários com o atacante Robinho, a diretoria do Santos não recebeu uma resposta do jogador no início desta semana e, por isso, ainda não concretizou o terceiro retorno do atleta ao clube. O UOL Esporte apurou alguns dos “detalhes” que restam para o acerto. O principal deles é que o ídolo santista quer uma espécie de garantia de salário para assinar contrato por uma temporada. 

A desconfiança tem motivos. Em 2010, quando voltou ao Santos pela primeira vez, Robinho assinou um contrato semelhante, pois também dependia de parceiros para pagar o seu ordenado. No entanto, os investidores não honraram com o compromisso mensal, e o atleta foi embora para o Milan, da Itália, no prejuízo.

A dívida só foi paga quando Robinho voltou ao Santos em 2014. Aliás, o pagamento da dívida de 2010 foi a exigência do jogador antes de acertar o seu segundo retorno ao clube paulista.

Vale lembrar que o Santos acumulou outra dívida com Robinho entre 2014 e 2015. Somente no primeiro semestre do ano passado, a diretoria santista pagou ao atleta uma dívida de mais de R$ 5 milhões – somando direitos de imagem, premiações e CLT (Consolidações das Leis Trabalhistas).

Além da garantia de pagamento, Robinho pondera algumas ideias do investidor em relação ao marketing. Na Vila Belmiro, a cúpula alvinegra comenta que o jogador sempre “deu trabalho” para cumprir ações de marketing. Segundo eles, em 2002, quando foi revelado pelo Santos, o atacante já reclamava dos compromissos extracampo.  

O Santos chegou a acordo pelo retorno de Robinho ao clube, mas ainda busca parceiros para conseguir diminuir os custos do retorno do ídolo à Vila Belmiro. O clube já tem um parceiro fechado e busca outro para pagar parcela menor dos salários do atacante.

Oficialmente, o Santos adota cautela com o assunto e estipula até quinze dias para assinar o contrato. Segundo apurado pela reportagem, o atacante fechou acordo para receber R$ 600 mil na Vila Belmiro, e o Santos já tem acordo com um parceiro para dividir igualmente os gastos e pagar apenas metade do valor ao atacante com verba dos cofres do clube.

Ainda assim, o Santos busca mais um parceiro porque vê viabilidade de reduzir de R$ 300 mil para R$ 200 mil o valor salarial a ser pago pelo clube, de forma que um segundo parceiro entraria com mais R$ 100 mil mensais.