Muricy chega com moral e é apresentado com status de craque no Flamengo
Após dias de expectativa, Muricy Ramalho foi finalmente apresentado como novo técnico do Flamengo. E já chegou com moral. Ao lado do presidente reeleito do Rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, o novo comandante do time ganhou status de craque e posou até para os fotógrafos com a camisa utilizada pelos jogadores.
Nas primeiras respostas em coletiva realizada na Gávea, ele reafirmou os motivos para escolher o novo clube e elogiou a recente administração do Flamengo. Foi a primeira entrevista daquele que é tratado como grande reforço pela diretoria.
“Vim pelo tamanho, pela transparência, pela organização. Ganhar no Flamengo deve ser uma coisa muito legal. Vivo disso, desses desafios. Espero colaborar com a diretoria a melhorar na parte de estrutura”, disse Muricy, logo após assinar o contrato de dois anos com o Rubro-negro.
"Basta pesquisar a minha história para ver que raramente saio antes do fim do contrato. Isso acontece porque sou um cara de conquistas, e aqui não será diferente. Espero ficar até mais do que dois anos no Flamengo. Estou muito confiante", completou.
De volta após um período afastado para cuidar da saúde e de sua atualização como técnico, Muricy se vê melhor e mais experiente para comandar o Rubro-negro.
“Esse tempo que tive para parar e repensar, é claro que você melhora. Temos que esperar o dia a dia, os jogos, então poderei dizer. Acho que foi muito válido. Estou melhor, pois estudei, vi jogos, conversei com pessoas diferentes. Fiquei afastado do futebol para cuidar da saúde e da família. Foram vinte e poucos anos sem parar. Estudei bastante as tendências do mundo em todas as áreas. Não só no futebol, mas na parte administrativa, base, tudo isso. A ideia é unificar todas as categorias e escolher uma ideia de jogo. É um trabalho que não será rápido, mas é importante. Me chamou a atenção ter essa autonomia. Também é preciso ganhar e ter resultado”.
Confira as principais declarações de Muricy em sua apresentação:
Estrutura
“Estive no Ninho do Urubu para conhecer. Claro que falta muita coisa, mas foi falado isso e tem um projeto inicial já começando janeiro. Esse é o caminho e sem isso não adianta. Podemos ganhar ou perder, depende também da sorte, mas é importante ter esse trabalho. Percebemos que isso aqui no Flamengo vai acontecer. Estamos no caminho da estrutura. Não tem volta. Tenho um pouco de experiência nisso e quero ajudar.”
Desafio
“O maior desafio é conquistar. Tudo é importante. Planejamento, projeto, ideias. Se você não tiver o resultado, não adianta. Estamos em um país de pressão. O Flamengo é uma potência e tentaremos sempre melhorar a estrutura.”
Marcelo Cirino e Guerrero
“São jogadores que possuem história no futebol e não podem ter esquecido de jogar. Faz parte melhorar em todos os sentidos e precisamos conversar, ver os números e saber qual o problema. Tentaremos corrigir e estarão conosco no ano que vem.”
Bom humor
“Posso garantir que estou invicto há oito meses. Estou feliz, recuperado e também é bom não trabalhar (risos). Não sabia que era tão bom não trabalhar na vida.”
Obrigação de vencer
“Em um grande time como o Flamengo é obrigação ganhar. A realidade no Brasil é essa. Caso contrário, o cara fica acomodado. Se tivesse olhado com carinho a parte financeira, não estaria aqui. A verdade é essa. Mas vencer pelo Flamengo será diferente. Estou preparado e com vontade, igual a diretoria. Queremos melhorar tudo.”
Bola parada: o problema do time do Flamengo
“Tomamos muitos gols de bola parada. Precisamos treinar isso. Não foi por altura. Alguma coisa está errada. É outra época e devemos implantar alguma coisa diferente.”
Campeonato Carioca e time alternativo
“A ideia é levar todos para Mangaratiba na pré-temporada. Serão 38 jogadores, vamos alternar os horários e vou treinar os dois times junto com uma pessoa escolhida. Pode ser que seja o Jayme. Somos parceiros e tenho total confiança nele. Não posso ficar longe do futuro.”
Reforços
“É difícil falar em número. Estamos abertos. Precisamos olhar com carinho o setor de meio de campo e a defesa, mas tudo isso com nível A. Não adianta trazer qualquer jogador. O Flamengo exige qualidade, mas o mercado está difícil.”
Cartilha
“O básico de um grande time é ter disciplina. Somos trabalhadores. É preciso dar resultado e se comportar bem. Não tem saída. O treinador é o cara que traça esses objetivos. Isso será cobrado. Não sou um cara super disciplinador, mas cobro mesmo. Não dá mais para sair e ignorar o clube.”
Emerson Sheik
“Tive a felicidade de trabalhar com o Sheik e ele ainda foi foi morar no meu prédio. Uma mala, faz barulho (risos). Mas é um cara que eu gosto muito de trabalhar. É vencedor e não pipoca. É parceiro, treina, dá a vida em campo. Estou super feliz de voltar a trabalhar com ele. É fundamental para o Flamengo.”
Zico
"Em relação ao Zico, é o jogador mais completo que vi jogar e joguei várias vezes contra. Admiração pelo homem. Um cara que a gente admira porque a gente tem que ter exemplos, pois temos poucos no país. Participei na campanha dele na Fifa, apesar de ser melhor na CBF. A gente sai pra jantar, é sempre um grande prazer. É diferente."
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