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Marín perderá cargo de vice da CBF. Homenagem em nome de prédio pode acabar

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/05/2015 17h37

Banido do futebol pela Fifa após as investigações internacionais por corrupção, o ex-presidente da CBF José Maria Marin perderá o cargo de vice-presidente da entidade.

A decisão será oficializada após o retorno do atual mandatário da confederação, Marco Polo Del Nero, da Suíça, onde está para a Assembleia Geral da Fifa.

“Obviamente trata-se de uma questão internacional. Há essa pena. Só estamos esperando o retorno do presidente para saber como se dará formalmente essa saída [de Marín do cargo]”, explicou o secretário-geral da entidade, Walter Feldman.

O diretor da CBF ainda revelou que existe a chance de retirada da homenagem ao ex-presidente na sede da entidade – prédio chamado José Maria Marin.

“Não é algo certo como a punição e a perda de cargo. Trata-se de uma homenagem, uma questão simbólica. Mas será igualmente avaliada. Vamos aguardar os desdobramentos e esperar o retorno do Marco Polo para discutir isso. Estamos acompanhando os pedidos e manifestações”, completou o secretário-geral.

Segundo investigação realizada pela Procuradoria de Nova York descobriu que o ex-presidente da CBF José Maria Marin seria um dos cinco beneficiários de uma propina de US$ 110 milhões (R$ 346 milhões, na cotação desta quarta-feira, 27 de maio) pagos pela empresa uruguaia Datisa, criada pela Traffic e por outras duas agências de marketing para negociações de direitos de transmissão da Copa América.

O ex-presidente da CBF ainda é acusado de receber propina de dois milhões de dólares (R$ 6,3 milhões) ao ano por um contrato da Copa do Brasil fechado em 2013.

Além de José Maria Marin, a CBF tem atualmente outros quatro vice-presidentes: Fernando José Macieira Sarney, Gustavo Dantas Feijó, Delfim de Pádua Peixoto Filho e Marcus Antônio Vicente - um para cada região do país.