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SP lança sócio-torcedor com prêmios por fidelidade e meta de R$ 30 mi/ano

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

06/05/2015 14h00

O São Paulo concluiu um trabalho de mais de quatro meses e lançará na próxima semana o novo programa sócio-torcedor do clube. O modelo contará com cinco novos planos, entre R$ 19 e R$ 490 mensais, terá prêmios por fidelidade e funcionará por meio de um cartão de débito. A meta é que o clube dobre a receita do atual programa e atinja a receita de R$ 30 milhões anuais com a marca de 100 mil sócios ativos até o fim de 2015. 

O atual programa sócio-torcedor do São Paulo gera receita significativa para o clube, mas está subaproveitado na avaliação da diretoria. "Hoje temos apenas de 15% a 20% de sócios-torcedores entre o público total de um jogo no estádio. Isso é muito pouco, temos que aumentar essa parcela", diz o vice-presidente de marketing Douglas Schwartzmann, que comanda o projeto. E a ideia para aumentar essa parcela é uma reformulação completa. 
 
Neste primeiro momento, o São Paulo irá manter os três planos atuais funcionando, para que não perca os cerca de 40 mil associados ativos. Atualmente o clube tem o "Sou Tricolor", de R$ 12 mensais, o "Standard", de R$ 30 mensais, e o "Premium", de R$ 100 mensais. O plano de R$ 30 por mês terá o nome alterado para "Mais Querido", com 30% de desconto na compra do ingresso (antes 20%) e 48 horas de preferência na compra antecipada (antes 72 horas). O plano de R$ 100 agora se chamará "Tu és forte", com 50% de desconto nas entradas (antes 30%) e direito válido para mais dois dependentes, e com as mesmas 72 horas de privilégio na compra antecipada. 
 
São quatro os novos planos definidos, além de um quinto que está sendo finalizado e terá como alvo os torcedores que moram fora do estado de São Paulo e, logo, longe do clube. Esses quatro são o "Vamos, São Paulo", de R$ 19 mensais, o "Clube da Fé", de R$ 69, o "Tu és Grande", de R$ 149 e o "Tu és o Primeiro", de R$ 490. "Aos poucos faremos a migração dos planos antigos para os novos. Vamos estimular o torcedor a pagar por semestre ou por ano", afirma Schwartzmann. 
 
No plano de R$ 19 mensais o associado terá 20% de desconto no ingresso e 36 horas de preferência na compra. No de R$ 69, 40% de desconto para associado e dois dependentes e 60 horas de preferência. No de R$ 149, 70% de desconto também válidos para dois dependentes e 84 horas de preferência. No último plano, de R$ 490 mensais, o torcedor não paga pelos ingressos e apenas tem de confirmar a ida ao jogo com direito a um acompanhante, e terá 84 horas de preferência para isso. Tal plano dá ao associado o direito de assistir às partidas naquele que hoje é chamado de "Setor Soberano", com buffet. 
 
O plano para aqueles que moram fora do estado terá custo entre R$ 25 e R$ 30 mensais. "Vamos fechar isso nos próximos dias", diz o vice de marketing. O São Paulo ainda estuda como distribuir os benefícios para esse plano, mas pensa em benefícios para quando o time jogar fora de casa. 
 
O alicerce do novo programa sócio-torcedor é a fidelidade. "Nós estudamos os modelos de Palmeiras, Flamengo, Benfica, Barcelona e outros clubes. Não podemos ter vergonha de dizer isso", afirma Schwartzmann. O São Paulo criará no programa uma moeda interna que poderá ser acumulada pelo associado e investida em compras ou em premiações como participar de viagens, assistir aos jogos no Morumbi de dentro do gramado e conhecer os jogadores em um café da manhã. "Haverá uma moeda chamada de "Tricolor". Um "Tricolor" vale R$ 5. E o torcedor poderá trocar isso", diz o vice. 
 
Para o novo programa, os sócios-torcedores receberão um cartão de débito recarregável que funcionará em todo o estádio do Morumbi, das bilheterias à lanchonete. Cada cartão terá descontos vinculados a cada plano do novo programa. A ideia da diretoria é facilitar a logística do torcedor, que não precisará imprimir entradas, reduzir o custo com a própria impressão de ingressos e principalmente aumentar o consumo dentro do estádio. 
 
Com tudo isso, a expectativa do São Paulo é dobrar até o fim do ano a receita de R$ 1,3 milhão para R$ 2,6 milhões por mês e pular de 40 mil para 100 mil sócios-torcedores ativos. Com isso, seria possível chegar ao montante de R$ 30 milhões por ano em um programa que tem custo de operação baixo. Diferentemente de outros clubes, o São Paulo afirma que não irá terceirizar a operação do programa e que já tem a estrutura para fazer funcionar. A diretoria ainda não confirma a data de lançamento, mas, segundo Schwartzmann, o novo programa será anunciado e estará funcionando até o próximo dia 15, sexta-feira da semana que vem.