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Marin diz que omissão de Felipão provocou lesão de Neymar e fiasco na Copa

Divulgação/Mowa Press
Imagem: Divulgação/Mowa Press

Do UOL, em São Paulo

19/03/2015 19h40

Após o fracasso da seleção brasileira na Copa do Mundo no Brasil, uma série de motivos foram levantados para justificar a péssima atuação da equipe contra a Alemanha, quando a equipe comandada pelo técnico Luiz Felipe Scolari foi goleada por 7x1, perdendo a oportunidade de conquistar o hexacampeonato atuando em casa.

Na opinião do presidente da CBF, José Maria Marin, um erro de planejamento da comissão técnica, encabeçada por Felipão e Carlos Alberto Parreira, foi culminante para o resultado negativo diante dos alemães, que viriam a sagrar-se campeões. “Quando fizemos 2x1 contra a Colômbia, o segundo gol foi de falta do David Luiz, a providência imediata naquele momento, naquele instante, seria a substituição do Neymar, que não tinha se machucado ainda, e do Thiago Silva. Por que? Porque ambos tinham cartão amarelo”, declarou o mandatário, em entrevista ao canal SporTV.
 
Ainda segundo o dirigente, era obrigação de Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira terem um controle maior sobre as condições dos atletas do elenco. “Eu acho que houve omissão da comissão técnica. Alguém da comissão deveria ter percebido esse detalhe muito importante. Numa Copa do Mundo, em cada partida realizada você sabe, e tem que saber, a situação dos jogadores, principalmente no que diz respeito a cartão amarelo. O Thiago Silva acabou fazendo uma falta no goleiro e o Neymar teve aquela contusão seríssima.”
 
Apesar da posição de Marin, substituir Thiago Silva após o segundo gol não teria feito diferença, visto que o zagueiro foi advertido pela falta no goleiro Ospina aos 18 minutos do segundo tempo, quando o segundo tento da equipe ainda não havia sido marcado. Desta forma, apenas a lesão de Neymar poderia ter sido evitada. Para o dirigente, caso o atacante não tivesse se machucado, o Brasil teria sofrido menos. “Ninguém desconhece a importância dos dois jogadores, e de forma especial do Neymar. Além da sua ausência importantíssima, houve um aspecto psicológico que atingiu toda a Seleção Brasileira. Eu não preciso nem enumerar o que aconteceu em seguida diante da ausência de Neymar”, avaliou Marin.
 
Para o dirigente, o fracasso na maior disputa de seleções do futebol mundial resultou em uma pressão maior pela conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, única conquista que falta para o futebol brasileiro. “Acho que a nossa responsabilidade ficou maior, porque não pudemos dar aquela grande alegria que o povo brasileiro merece. Esta é a única conquista que não consta no nosso currículo futebolístico. É uma grande oportunidade, mas essa responsabilidade é maior ainda”, pontuou o mandatário.
 
Marin finalizou suas considerações ressaltando a confiança no trabalho desenvolvido pelo técnico Alexandre Gallo, que será mantido no comando da equipe sub-20, mesmo após o fraco desempenho apresentado pela seleção no Mundial da categoria. “Eu confirmo que não fizemos uma boa campanha preparatória. Mas existe tempo ainda, porque há competência na direção. O Gallo fez um trabalho de pesquisa muito importante, e este trabalho está sendo observado por todos. Existe atualmente uma integração total de todos que formam a comissão técnica da seleção principal e de base. Não existe a menor possibilidade de um trabalho isolado, nós temos que trabalhar em conjunto em torno de um único objetivo. Tenho certeza absoluta que, trabalhando em conjunto, com críticas construtivas, mas tendo objetivo principal de título, que não temos até hoje, tenho certeza absoluta que iremos alcançar esse objetivo”, concluiu.