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Negócio com Ronaldinho deixa evidente descrédito de Brunoro no Palmeiras

José Carlos Brunoro não tem mais tanto crédito no Palmeiras - Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
José Carlos Brunoro não tem mais tanto crédito no Palmeiras Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

26/08/2014 11h28

*Nota atualizada às 19h09

A novela da negociação entre Ronaldinho Gaúcho e Palmeiras não teve como capítulo final o acordo com o ex-melhor do mundo, mas deixou bem evidente todo o descrédito que vive o diretor-executivo do clube, José Carlos Brunoro.

A reportagem apurou que ele foi completamente excluído das negociações e foi substituído pelo 1º vice-presidente, Maurício Precivalle Galiotte, que ganha cada vez mais força entre a alta cúpula palmeirense. Foi ele, por exemplo, que liderou as conversas com Ricardo Gareca, o atual técnico.

O UOL Esporte tentou conversar com José Carlos Brunoro e Maurício Galiotte, mas não teve contato. A assessoria de imprensa institucional, que cuida somente dos diretores, também não quis se pronunciar.

O grande episódio que colocou Brunoro em maus lençóis foi a negociação com Alan Kardec. O diretor foi a favor do acordo com o atacante e chegou a apertar as mãos com o estafe do jogador para acetar a renovação. O problema é que Paulo Nobre quis reduzir a oferta, estragou todo o negócio e deixou seu diretor-executivo, que em tese teria poder para decisões, completamente vendido.

O ainda artilheiro palmeirense na temporada, hoje, joga no São Paulo.

De lá para cá, Brunoro é cada vez menos ouvido. Ele, inclusive, é alvo de muitas cobranças por parte da oposição e também do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização). A exemplo do que aconteceu com o ex-diretor de marketing Marcelo Giannubilo, ele tem seu nome constantemente questionado em reuniões da diretoria.

Nobre estuda a possibilidade de não manter o executivo em caso de reeleição em novembro, na eleição que terá a participação dos associados pela primeira vez.

Outro que sofre constantes cobranças é o gerente de futebol, Omar Feitosa. Ao lado de Brunoro, ele tem o nome constantemente colocado em protestos organizados pela torcida organizada. 

Leilão?

O negócio que foi exposto pela imprensa na última segunda-feira é veementemente negado pelo irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, Roberto Assis. Em conversa com o UOL Esporte ele disse que nunca conversou com ninguém do Palmeiras.

"Irmão, esquece isso. Eu nunca conversei com ninguém do Palmeiras. Se eles estão dizendo isso, pergunta para eles o motivo. Não há conversas com o Palmeiras", disse ele. "E só eu posso conversar pelo Ronaldinho", completou, para descartar a chance de um intermediário estar nas conversas.

Apesar das negativas, a reportagem conversou com pessoas que trabalham no clube que afirmaram que há, sim, a negociação. De acordo com eles, ninguém mantém altas expectativas por saber o modus operandi de Assis, usando como exemplo, até, capítulos de novelas passadas em que o próprio Palmeiras esteve envolvido e terminou frustrado.