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Mais um problema: Ministério Público diz que pai de Neymar deve à Receita

Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

30/01/2014 06h00

O pai do jogador Neymar tem duas dívidas em aberto com a Receita Federal, segundo informou o Ministério Público Federal de Santos. Desde agosto de 2013, o empresário, proprietário da N & N Consultoria Esportiva e Empresarial Ltda, está sendo investigado pelo MPF por conta de problemas com o fisco.

As dívidas são referentes a tributos federais que deixaram de ser pagos pelo empresário. Em agosto, a Receita Federal fez uma demanda de investigação sobre dívidas fiscais do pai de Neymar ao procurador da república em Santos. 

“A investigação está em andamento. Há dois débitos em aberto. Eu entendi que as informações que a receita mandou são incompletas. Só informava que havia débito dele com a Receita. Solicitamos mais documentos para investigar”, afirmou o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.

Durante pronunciamento dado na última terça-feira, o pai de Neymar disse que não temia o fisco.

“Pedi para o Bartomeu (presidente do Barcelona) abrir o contrato para proteger a pessoa física e a família do Neymar. Repito que não devo nada às Receitas do Brasil e da Espanha, nada. Espero que acreditem nesse pronunciamento, porque queremos paz”, afirmou.

A reportagem do UOL Esporte tentou contato com a assessoria da empresa de Neymar pai, mas não obteve retorno.

Na última terça-feira, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre resolveu ampliar a investigação e incluir o caso do pagamento dos 40 milhões de euros do Barcelona a empresa N&N no processo.   

"Mandamos um ofício para a Receita questionando como ficava o desencontro de informações sobre os valores do Neymar. Pedimos para a receita as movimentações registradas da empresa. Eles têm um prazo de 20 dias para repassar ao Ministério Público Federal", explicou Nobre.

Na última semana, o Barcelona confirmou o pagamento de 40 milhões de euros a empresa do pai de Neymar. A intenção do MPF é saber ser o valor foi declarado à Receita Federal. 

Nobre informa que ainda não há como dar parecer sobre o caso ou se houve alguma irregularidade, já que a investigação está em fase preliminar. Segundo a Lei 8.137/90, a pena para crimes de ordem tributária vai de dois a cinco anos de prisão e pagamento de multa.