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Autuori chega ao Atlético com currículo de peso e marca negativa em 2013

Do UOL, em Belo Horizonte

21/12/2013 06h15

Para suprir a saída de Cuca, que recebeu proposta milionária da China, a diretoria do Atlético-MG optou por um treinador que coleciona títulos expressivos, como a Libertadores de 1997 pelo rival Cruzeiro, mas que passa por fase ruim na carreira. À frente de Vasco e São Paulo neste ano, Paulo Autuori obteve desempenho de equipe rebaixada no Brasileirão.

Ao todo, o treinador fez 18 jogos pelo Brasileirão, sendo seis pelo Vasco e 12 pelo São Paulo, e conquistou 17 dos 54 pontos disputados, um aproveitamento de 31,4%. Esse desempenho foi superior apenas ao do lanterna Náutico, rebaixado com um rendimento de apenas 17,5%.

Paulo Autuori comandou o Vasco nas seis primeiras rodadas do Brasileiro, com duas vitórias, um empate e três derrotas. O aproveitamento foi de 38,9%, muito semelhante ao que a equipe carioca terminou a competição, com 38,6%. Depois, ele se transferiu para o São Paulo, onde foi campeão Mundial em 2005.

Apesar da boa expectativa dos dirigentes e dos torcedores, o tricolor paulista não conseguiu obter um bom desempenho e, sob o comando de Autuori, viveu uma situação pouco comum, brigando em boa parte do campeonato contra a queda para a Série B. Em sua passagem pelo São Paulo, o treinador dirigiu a equipe em 17 jogos, entre Brasileirão e Sul-Americana, com dez derrotas quatro empates e três vitórias – aproveitamento de 25,5%.

Somente pelo Brasileirão foram 12 compromissos, com dois triunfos, sobre os rebaixados Náutico e Fluminense, quatro empates e seis derrotas, um aproveitamento de 27,7% dos pontos, muito abaixo dos 43,9% que a equipe terminou a competição.

Após a derrota para o Coritiba, por 2 a 0, na 19ª rodada, o treinador foi demitido e substituído por Muricy Ramalho. Desde então, Paulo Autuori ficou disponível no mercado brasileiro. Ele chega ao Atlético com a missão de manter o bom momento da equipe, que foi vice-campeã brasileira em 2012 e campeã da Libertadores em 2013.

A aposta da diretoria é no currículo vitorioso do treinador, que foi campeão Brasileiro em 1995 dirigindo Botafogo. Ele também tem dois títulos da Libertadores – além do Cruzeiro, foi campeão pelo São Paulo em 2005. Também no tricolor paulista, ele faturou o Mundial de Clubes no mesmo ano.

De acordo com o presidente Alexandre Kalil, a opção por Autuori foi uma escolha técnica. “Temos uma comissão técnica fixa que já trabalhou com o Paulo Autuori e quando fui consultar, recebi do Carlinhos Neves e da equipe dele a melhor referência possível. O currículo dele todos sabemos. E o jeito de trabalhar, de planejamento, a organização, é tudo que gosto no futebol”, disse o dirigente ao canal Sportv.