Vasco desmonta elenco campeão em 18 meses e vê apenas oito remanescentes para 2013

Dezoito meses depois da conquista da Copa do Brasil, o panorama do Vasco é bem diferente daquele que encheu o torcedor de orgulho em 2011. O elenco foi desfeito praticamente por completo devido aos problemas financeiros e propostas pelos principais jogadores. Atualmente, o grupo conta apenas com oito atletas que tiveram algum tipo de participação na campanha vitoriosa após um longo jejum de oito anos sem títulos.

Embora a diretoria não esconda o temor por novas saídas, os remanescentes de uma taça histórica para o Vasco são: Alessandro, Alecsandro, Dedé, Douglas, Eder Luis, Fellipe Bastos, Felipe e Bernardo. O último chegou a ser emprestado ao Santos, mas retornou e está confirmado para a temporada 2013.

Em contrapartida, as saídas enfraqueceram o time consideravelmente. Os últimos que deixaram São Januário foram Juninho e Nilton. Os dois não disputaram a competição. O camisa 8 só estreou depois do torneio, enquanto o volante se recuperava de sucessivas lesões.

Elton, Romulo, Jumar, Márcio Careca, Anderson Martins, Fagner, Diego Souza, Allan e Fernando Prass participaram ativamente da campanha. Junto com os remanescentes, eles construíram um grupo vencedor e levaram o Gigante da Colina ao vice-campeonato brasileiro no segundo semestre.

As perdas mais sentidas antes de Juninho, Nilton e Fernando Prass foram as de Anderson Martins, Fagner, Romulo e Diego Souza. O adeus dos três últimos fez o Vasco se perder no Campeonato Brasileiro deste ano e encerrar o torneio sem a sonhada vaga na Copa Libertadores de 2013.

Com 100% das receitas bloqueadas até janeiro e sem poder de negociação no mercado, a situação de um dos principais clubes do país é definida como dramática pelos próprios dirigentes. O desmanche de um time campeão é alvo de seguidas críticas da torcida contra a administração Roberto Dinamite.

Novo diretor geral do Cruzmaltino, Cristiano Koehler chega em janeiro para assumir o processo de reestruturação do clube. O cartola não vê saída sem a união de todas as correntes do Vasco. “É hora de sair do fundo do poço. A situação é difícil, o clube precisa cortar gastos para que as conquistas possam voltar. É uma situação de emergência. Vamos viabilizar o Vasco o mais rápido possível. Caso contrário, será impossível o clube sobreviver para montar um time capaz de conquistar títulos”, explicou.