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Vinicius Castro/ UOL Esporte

Tijolos, sacos de cimento, madeiras: panorama atual do futuro museu do Flamengo

20/05/2011 - 12h00

Museu do Fla aumenta acervo, inicia obras e deve ser inaugurado após data planejada

Vinicius Castro
No Rio de Janeiro

Terça-feira, 16 de novembro de 2010. Na ocasião, o Flamengo lançava a pedra fundamental do seu futuro museu e lacrava a simbólica cápsula do tempo. No discurso, o ponta-pé inicial no projeto e a promessa de inauguração em 15 de novembro deste ano, aniversário do clube. Pouco mais de seis meses se passaram e o tema acabou esquecido por parte dos torcedores.

UOL ESPORTE VISITA FUTURO MUSEU DO FLAMENGO
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A reportagem do UOL Esporte visitou a sede social da Gávea para mostrar o andamento, além de alterações no empreendimento. Apesar do visível início, o canteiro de obras está em funcionamento. Os andaimes de segurança dos operários foram instalados para a fase definitiva do processo, que aguarda a última análise dos curadores. Coordenado pela empresa Shopfitting e gerenciado pela Olympikus, fornecedora de material esportivo do clube, responsável pelos R$ 8 milhões das obras, o museu do Flamengo sairá do papel. Entretanto, de maneira diferente da qual foi idealizado e sem a inauguração na data planejada.

Mauro Chaves, diretor do museu, explicou as principais modificações no projeto. Estas amplamente ligadas ao aumento do acervo final à disposição.

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    A parte externa do futuro museu rubro-negro. A fase atual consiste na implantação de áreas de suporte

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    Parte do acervo de troféus está armazenada na antiga sala do terceiro andar da sede da Gávea

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    No patrimônio histórico rubro-negro mais troféus armazenados; estes os mais antigos do Flamengo

“Segundo a Olympikus, o projeto do museu está dentro do cronograma. Conforme os curadores vão interagindo descobrimos mais coisas. Isso faz com que alguns espaços aumentem ou diminuam. Só vamos definir o projeto museográfico em dois meses. Mas estamos mudando para melhor. O museu teria os 50 principais troféus expostos e contextualizados, além de 250 troféus identificados em uma parede. Agora, a situação já foi mexida. Serão 250 troféus contextualizados e 2.500 troféus em uma parede de vidro. Neste local, o visitante ainda poderá observar através da parede a reserva técnica com mais de 5.000 troféus. Tudo isso para mostrar a grandeza desportiva do Flamengo”, comentou, tirando do espaço a linha digital como a principal característica.

“O nosso museu está na contramão dos outros. O do Flamengo não será 100% digital. Vamos privilegiar a memória viva. Temos uma grande galeria de relicários, objetos históricos, curiosos, mas até a última semana vamos buscar coisas novas de interatividade e jogos”.

Mauro Chaves concorda que o cenário das obras não é do mais inspirador para o torcedor rubro-negro. Ele é um dos diretores contrários a inauguração no aniversário do clube e possui uma alternativa: o dia 13 de dezembro, celebração de 30 anos do título Mundial.

“Não se trata de jogar para cima da Olympikus uma responsabilidade, mas é importante não trabalhar com esse prazo do dia 15 de novembro. Sempre fui contra isso. Obra é uma coisa que pode dar problema até o último minuto. Aí, parece que se não inaugurarmos somos incompetentes. Qual o problema de a inauguração não acontecer no dia 15? Nenhum. É um absurdo essa pressão. Tenho a experiência de ter participado de vários projetos de museus e o que dá mais trabalho não é essa parte atual. Não estamos construindo paredes, já temos tudo. O que dá mais trabalho é a coisa de decoração. Mas o clube está descontraído nesse sentido. Não existe tensão. A situação está bem administrada. O aniversário de 30 anos do Mundial seria uma data muito mais simbólica para a inauguração. Uma homenagem ao maior título do clube. Vamos pensar na ideia com carinho”.

Por fim, o diretor do museu revelou alguns problemas estruturais durante os primeiros trabalhos no local. Ele ainda imagina um cenário cômico durante a reta final para a inauguração.

“Essa semana fizemos a malha da laje para impermeabilização. Mas choveu muito e inundou o setor de contabilidade. Não teve prejuízo, porém, é um desconforto que faz parte da obra. É normal nesse processo. Qualquer coisa disso atrasa um pouco, mas não quer dizer que o Flamengo não está cumprindo o cronograma. Já estou vendo na última semana todos no clube trabalhando de bermuda e chinelo na decoração (risos). Até a Patricia (Amorim, presidente). Os últimos dias serão de correria. Não tem jeito. Em qualquer lugar é assim. No Flamengo não será diferente”, encerrou.

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