De principal reforço a última opção: Cavenaghi amarga reserva sem futuro

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

Em 28 de janeiro, o aeroporto Salgado Filho ficou lotado. Centenas de colorados se aglomeraram em frente de um portão para receber Cavenaghi. O centroavante de 27 anos, no entanto, amarga uma condição totalmente avessa. Reserva, o argentino é visto como reserva de Leandro Damião. Assim, seu futuro no estádio Beira-Rio aponta o mesmo cenário.

Diante do Peñarol, comprovação disso. Ao tomar o segundo gol, Paulo Roberto Falcão chamou Ricardo Goulart. Depois Tinga. Deixou Rafael Sóbis em segundo plano. Cavenaghi, centroavante de origem, foi preterido.

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“Quando cheguei falei com todo mundo. Ele me disse que gosta de jogar mais centralizado. Foi assim que eu acredito que ele disse, falando em espanhol. Dentro da normalidade, poderia entrar no lugar do Damião”, disse Falcão.

Cavenaghi já atuou 11 vezes, raras delas como titular. Marcou apenas um gol. Ele ainda não teve uma rotina de jogos, mas é um jogador muito mais para nove do que para o lado de campo”, comentou o treinador.

“Tem outros jogadores que não estão sendo aproveitados. O Cavenaghi eu usei contra o Emelec, se não me engano. Tenho até o cuidado de não chamá-los de reserva. Ele se dedica, se empenha, mas é jogador de área”, reiterou o ex-comentarista.

Para piorar, Cavenaghi tem contra si o limite de estrangeiros. Além dele, Guiñazu, Bolatti e D’Alessandro também nasceram fora do Brasil. Todos eles são titulares. O ex-camisa nove do River Plate, portanto, precisa ver um dos seus compatriotas ficar de fora para entrar até mesmo no banco de reservas de partidas do Campeonato Brasileiro.

Com contrato de empréstimo até o final da temporada, Cavenaghi chegou sem custos para o Inter. Despertou interesse da Lazio há algumas semanas. Mas o clube gaúcho assegura que ficará com o atleta.