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Koff é avalista do C13 e pretende deixar tal condição após levantamento financeiro

03/05/2011 - 18h47

Avalista do C13, Koff põe cargo de presidente à disposição e projeta saída

Alexandre Sinato
Em São Paulo

O Clube dos 13 caminha cada vez com mais força para seu fim. Sem poder na negociação dos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2012, a entidade ainda oferece ajuda aos clubes em questões burocráticas, mas nem o presidente Fábio Koff mostra a mesma resistência. Nesta terça-feira, o dirigente deixou claro que deixa a presidência da entidade assim que sair do papel de avalista pessoal do C13.

C13 'OFICIALIZA' VITÓRIA DA GLOBO

  • Arte/César Cuninghant

    A Rede TV! sofreu uma dura derrota na briga pelos direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2012. Após reunião em São Paulo nesta terça-feira, o Clube dos 13 informou que o contrato firmado com a Rede TV! pela transmissão do Brasileiro entre 2012 a 2015 não tem valor. Assim, os clubes seguirão os acordos que assinaram individualmente com a Globo. Na última segunda, o C13 comunicou a RedeTV!, emissora ganhadora do processo de licitação em março passado.


Os presidentes de clubes presentes na reunião entenderam que Koff deixou à disposição seu cargo nesta terça. “Ele disse que o cargo era nosso e que se fosse do nosso desejo, ele não seguiria, mas ninguém se manifestou”, comentou Andrés Sanchez, presidente do Corinthians e maior força entre os clubes dissidentes no movimento que implodiu o Clube dos 13.

Koff, em entrevista coletiva concedida nesta tarde, evitou usar a expressão “cargo à disposição”, mas afirmou que pretende abandonar a função nos próximos meses. Para isso, ele só precisa deixar de ser avalista pessoal dos empréstimos que os clubes fizeram junto a bancos. Ele e Fernando Carvalho, do Internacional, são avalistas pessoais do Clube dos 13.

“Quando eu estiver desonerado desses compromissos do Clube dos 13, saio da presidência. Pode ser em junho, julho, agosto... Eu já pensava em sair no fim do ano”, disse Koff, para em seguida abrir a possibilidade de uma reforma estatutária na entidade (caso ela continue na ativa).

O presidente do C13 aproveitou para sugerir que a Globo assuma tais avais. Não citou o nome da emissora, mas declarou que o detentor dos direitos de transmissão a partir de 2012 assuma tal papel. A Globo já tem acordos firmados com 14 clubes e acertou verbalmente com pelo menos mais três. Os últimos dissidentes também confirmam que devem assinar com a emissora carioca.

“É preciso encontrar outro garantidor e transferir para quem tem o contrato a partir de 2012”, comentou o presidente do C13.

Por fim, ele preferiu não falar sobre as consequências jurídicas decorrentes do não cumprimento do contrato assinado com a Rede TV!. Na última segunda, o C13 notificou a emissora paulista que os contratos que serão seguidos serão os assinados individualmente pelos clubes com a Globo.

Os representantes dos clubes presentes na assembleia desta terça asseguraram que o futuro da entidade não foi discutido. No entanto, o fim parece cada vez mais iminente. “Existe a possibilidade [de o C13 acabar], mas isso discutiremos mais para frente”, declarou Andrés Sanchez.

“Não queremos pensar nisso agora, agora é o momento de reforçar o Clube dos 13”, emendou Patrícia Amorim, presidente do Flamengo. O único que falou abertamente sobre o que pensa do futuro da entidade foi Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG e opositor do racha que enfraqueceu o C13. “Querem acabar com a única instituição que representa os clubes no Brasil.”

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