UOL Esporte Futebol
 
19/01/2011 - 17h28

Somália entra em acordo e precisará fazer doações no valor de R$ 22 mil

Pedro Ponzoni
No Rio de Janeiro
  • Somália chorou durante seu pronunciamento na sede do Botafogo após sua farsa ser descoberta

    Somália chorou durante seu pronunciamento na sede do Botafogo após sua farsa ser descoberta

Somália teve seu caso encerrado nesta quarta-feira. O volante do Botafogo compareceu ao IX Juizado Especial Criminal (Jecrim-Barra da Tijuca) e entrou em acordo com o Ministério Público. Desta maneira, ficou definido que, para não responder o processo de falsa comunicação de crime ou contravenção, ele precisará doar cestas básicas no valor R$ 22 mil para as vítimas das enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Mesmo considerando o valor alto, Somália acabou aceitando a proposta feita pelo juiz Joaquim Domingos. Assim, o jogador precisará fazer as doações em duas parcelas. A primeira vence dia próximo dia 27 e será de R$ 12 mil. Já a segunda, deverá ser efetuada até o final do mês de fevereiro.

“O Ministério Público fez a proposta. Para o Somália não responder o processo, ele precisa pagar R$ 22 mil em cestas básicas para as vítimas das enchentes. Ficou definido que ele irá beneficiar as cidades de Nova Friburgo e Teresópolis”, afirmou o advogado do jogador, Márcio Delambert, em entrevista ao UOL Esporte.

Como Somália aceitou a proposta do Ministério Público, ele está livre do processo e ficará com a ficha limpa. A única ressalva é de que o jogador não poderá praticar crimes dessa natureza nos próximos cinco anos. Caso contrário, precisará responder a sentença de outra forma.

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“O caso está encerrado e o meu cliente deixa esse caso com a ficha limpa. A única ressalva é que ele perderá esse benefício, caso cometa novamente um crime dessa natureza”, explicou Delambert.

O jogador vinha respondendo esse processo porque, segundo investigações da polícia, ele forjou um sequestro-relâmpago no dia da reapresentação do time (5 de janeiro). Por conta disso, foi indiciado por falsa comunicação de crime ou contravenção. Esse delito previa pena de um a seis meses de detenção.

Na oportunidade, ele se dirigiu à delegacia porque teria sido rendido por um bandido e foi obrigado a dirigir durante duas horas pelas ruas da Barra da Tijuca. No final do percurso, o homem teria roubado um cordão de ouro, um relógio e R$ 1.800, em espécie.

No entanto, após investigações da polícia, as câmeras do prédio, onde o atleta reside, demonstraram que ele estava mentindo. As imagens mostram que Somália retornou por volta de 4h da manhã e teria saído por volta de 9h. Como ele chegou na 16ª DP às 9h30, o seu depoimento caiu por terra.

Somália será punido pela diretoria alvinegra

Assim como havia sido comunicado anteriormente, a diretoria do Botafogo irá punir de forma administrativa o volante Somália por conta de sua falta no dia da reapresentação do grupo. Em nota oficial, o clube não explica qual será a punição, mas o gerente de futebol, Anderson Barros, já tinha adiantado que o jogador poderia ser punido em até 40% dos seus vencimentos.

Confira a nota oficial:

Conforme comunicado anteriormente, o Botafogo executará punição administrativa ao atleta Paulo Rogério Reis Silva, conhecido como Somália, em razão da sua ausência no dia da reapresentação do elenco profissional, 5 de janeiro.

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