Somália chorou durante seu pronunciamento na sede do Botafogo após sua farsa ser descoberta
Somália teve seu caso encerrado nesta quarta-feira. O volante do Botafogo compareceu ao IX Juizado Especial Criminal (Jecrim-Barra da Tijuca) e entrou em acordo com o Ministério Público. Desta maneira, ficou definido que, para não responder o processo de falsa comunicação de crime ou contravenção, ele precisará doar cestas básicas no valor R$ 22 mil para as vítimas das enchentes na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Mesmo considerando o valor alto, Somália acabou aceitando a proposta feita pelo juiz Joaquim Domingos. Assim, o jogador precisará fazer as doações em duas parcelas. A primeira vence dia próximo dia 27 e será de R$ 12 mil. Já a segunda, deverá ser efetuada até o final do mês de fevereiro.
“O Ministério Público fez a proposta. Para o Somália não responder o processo, ele precisa pagar R$ 22 mil em cestas básicas para as vítimas das enchentes. Ficou definido que ele irá beneficiar as cidades de Nova Friburgo e Teresópolis”, afirmou o advogado do jogador, Márcio Delambert, em entrevista ao UOL Esporte.
Como Somália aceitou a proposta do Ministério Público, ele está livre do processo e ficará com a ficha limpa. A única ressalva é de que o jogador não poderá praticar crimes dessa natureza nos próximos cinco anos. Caso contrário, precisará responder a sentença de outra forma.
“O caso está encerrado e o meu cliente deixa esse caso com a ficha limpa. A única ressalva é que ele perderá esse benefício, caso cometa novamente um crime dessa natureza”, explicou Delambert.
O jogador vinha respondendo esse processo porque, segundo investigações da polícia, ele forjou um sequestro-relâmpago no dia da reapresentação do time (5 de janeiro). Por conta disso, foi indiciado por falsa comunicação de crime ou contravenção. Esse delito previa pena de um a seis meses de detenção.
Na oportunidade, ele se dirigiu à delegacia porque teria sido rendido por um bandido e foi obrigado a dirigir durante duas horas pelas ruas da Barra da Tijuca. No final do percurso, o homem teria roubado um cordão de ouro, um relógio e R$ 1.800, em espécie.
No entanto, após investigações da polícia, as câmeras do prédio, onde o atleta reside, demonstraram que ele estava mentindo. As imagens mostram que Somália retornou por volta de 4h da manhã e teria saído por volta de 9h. Como ele chegou na 16ª DP às 9h30, o seu depoimento caiu por terra.
Somália será punido pela diretoria alvinegra
Assim como havia sido comunicado anteriormente, a diretoria do Botafogo irá punir de forma administrativa o volante Somália por conta de sua falta no dia da reapresentação do grupo. Em nota oficial, o clube não explica qual será a punição, mas o gerente de futebol, Anderson Barros, já tinha adiantado que o jogador poderia ser punido em até 40% dos seus vencimentos.
Confira a nota oficial:
Conforme comunicado anteriormente, o Botafogo executará punição administrativa ao atleta Paulo Rogério Reis Silva, conhecido como Somália, em razão da sua ausência no dia da reapresentação do elenco profissional, 5 de janeiro.
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