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Divulgação/Corinthians

Projeto do estádio do Corinthians que será construído em Itaquera

01/09/2010 - 14h42

Corinthians terá seguro contra 'estouro' e nega pagar obras para abertura

Thales Calipo
Em São Paulo

O novo estádio do Corinthians sairá do papel com um seguro contra possíveis estouros no orçamento inicial, de até R$ 350 milhões. Diante de toda a engenharia financeira criada pelos dirigentes alvinegros para a viabilização do empreendimento, uma empresa foi contratada para evitar que um possível aumento no orçamento inicial seja coberto por dinheiro dos cofres do clube.

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“O risco é zero, pois quando entrarmos com um financiamento, terei um contrato com a Odebrecht [construtora responsável pelo estádio] afirmando que eles irão me entregar por aquele preço, além de ter uma seguradora que vai pagar caso isso [aumento nas contas] aconteça”, explicou Luis Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians.

Pelo acordo firmado, a Odebrecht ficará responsável por buscar um empréstimo junto ao BNDES, instituição que disponibiliza linha de créditos de até R$ 400 milhões para a construção dos estádios envolvidos com a Copa do Mundo. O clube, por sua vez, irá pagar esse valor à empresa utilizando a mesma taxa de juros (entre 6% e 8%) paga pela empresa mais o lucro combinado.

O tempo para o pagamento das prestações ainda não foi definido entre o Corinthians e a empresa, mas o clube começará a pagar à Odebrecht apenas três anos após o início das obras. Com isso, o clube poderá custear o empreendimento quando ele já estiver em funcionamento, evitando assim prejuízos maiores para os cofres do clube.

Por outro lado, o Corinthians voltou a negar a intenção de pagar pelas obras que seriam necessárias para adequar a arena como palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. Para isso, será necessária a construção de pouco mais de 20 mil lugares (totalizando 70 mil), obra que pode custar até R$ 150 milhões, de acordo com o diretor de marketing alvinegro.

“Podemos até atrasar o estádio para fazer para 70 mil pessoas, mas não pede para que a gente coloque a mão no bolso para pagar essa conta. O Morumbi reivindicava a abertura porque isso é uma questão de orgulho para eles, mas o Corinthians não vai entrar nessa de jeito nenhum”, completou Rosenberg.

Pelo cronograma traçado inicialmente, as obras terão início em janeiro de 2011 e devem terminar em 2013. O Corinthians, no entanto, acha pouco provável que o estádio fique pronto a tempo da Copa das Confederações.

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