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Bruno, acusado pelo desaparecimento de ex-namorada, é considerado foragido

07/07/2010 - 09h02

Polícia vai à casa de Bruno para executar prisão, mas goleiro não é encontrado

Do UOL Esporte
No Rio de Janeiro

Com o mandado de prisão em mãos, policiais foram à casa do goleiro Bruno, do Flamengo, na manhã desta quarta-feira, mas não encontraram o atleta. A polícia entrou na residência, localizada no Recreio dos Bandeirantes, e vasculhou o local por cerca de 30 minutos. A esposa do camisa 1, Dayane de Souza, teve prisão temporária decretada também esta manhã e foi encaminhada ao Departamento de Investigação da Polícia Civil.

MULHER DE BRUNO É PRESA EM MINAS

  • Maurício Val/VIPCOMM

    A mulher do goleiro Bruno, Dayanne de Souza, que prestaria depoimento na tarde desta quarta-feira, teve seu pedido de prisão temporária decretada pela Justiça do Rio de Janeiro. Segundo o seu advogado, Ércio Quaresma Firpe, ela foi conduzida ao Departamento de Investigações da Polícia Civil, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Leia mais

Após a busca na casa do jogador, os policiais deixaram o local com pressa e se dirigiram a um outro local, na Barra da Tijuca, onde Bruno estaria supostamente escondido. Contudo, o goleiro continua sem ser localizado. O mandado expedido para o atleta se refere a cinco dias de prisão, podendo ser renovado por mais cinco.

O 'caso Bruno' teve seu rumo alterado nesta terça-feira, quando um primo do goleiro, de 17 anos, prestou depoimento por cerca de 8 horas na Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Ele confirmou que sequestrou a estudante Eliza Samudio, ex-namorada do jogador, com ajuda de Macarrão, e que ela estaria morta.

O menor admitiu ter dado uma coronhada em Eliza com uma pistola, mas contou que isso aconteceu por causa de uma discussão e que nada estava premeditado. A morte da jovem teria acontecido em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Ainda em depoimento, o menor disse que o sequestro aconteceu num sábado, em um hotel na Barra da Tijuca, mas não soube precisar exatamente a data. O carro usado foi a Land Rover, de Bruno.

Apesar deste pedido de prisão preventiva, o delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, disse que tudo precisaria ser feito por Minas Gerais.

“Mandamos o depoimento do menor para Minas Gerais e fizemos o seu pedido de apreensão. O pedido de prisão de qualquer pessoa sairá por eles, que estão comandando a investigação. Estamos aguardando as diligências”, salientou.

Procurado pela reportagem do UOL Esporte, em Belo Horizonte, a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais informou o seguinte: “Hoje (terça-feira) não confirmo isso. Amanhã não sei, ainda não vivi o amanhã”, limitou-se.

No início da tarde desta terça-feira, a Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro foi acionada por policiais mineiros que investigam o desaparecimento de Eliza. Após denúncia anônima, uma equipe de investigadores apreendeu o menor na casa do goleiro, no Recreio dos Bandeirantes, também na Zona Oeste da cidade.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho. À polícia, amigos da jovem disseram que ela viajou do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite do goleiro, com quem se encontraria justamente no sítio do goleiro, no município mineiro de Esmeraldas. A Polícia Civil mineira recebeu telefonema anônimo avisando que Eliza teria sido espancada e morta na propriedade de Bruno.

O filho de Eliza, um bebê de quatro meses, foi visto no sítio de Bruno por policiais, de acordo com a delegada Alessandra Wilke, presidente do inquérito. A Polícia deixou o local e, quando retornou, não encontrou a criança. O bebê foi localizado no último dia 26 de junho, em uma favela em Contagem, na divisa com Ribeirão das Neves, em companhia de conhecidos de Bruno e de sua mulher. Ela responde a inquérito por subtração de incapaz.

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