UOL Esporte Futebol
 
29/06/2010 - 10h19

Polícia civil fará operação de busca em casa de Bruno no Rio

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte

BRUNO É ÚNICO SUSPEITO, DIZ DELEGADO

  • Márcia Feitosa/Vipcomm

    O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, revelou nesta terça-feira, que o goleiro Bruno do Flamengo, é o único suspeito da polícia de Minas Gerais de estar envolvido no desaparecimento da estudante Eliza Silva Samúdio, de 25 anos, sua ex-namorada.

O chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais, delegado Edson Moreira, revelou que a Polícia Civil do Rio de Janeiro cumprirá mandado de busca e apreensão na residência do goleiro Bruno, na capital fluminense. De acordo com o policial mineiro, as duas corporações estão trabalhando em conjunto.

“A Polícia do Rio de Janeiro está investigando a queixa que a Eliza Samúdio tinha feito na delegacia de mulheres e tem o desaparecimento, que também está investigando, vamos ver se eles acham algum vestígio. Para nós também é muito bom”, comentou Edson Moreira, em participação ao vivo no Programa Hoje em Dia, da Rede Record.

Segundo ele, a Polícia Civil do Rio de Janeiro está mantendo contato permanente com a delegada Alessandra Wilker, da Delegacia de Homicídios de Contagem, que é responsável pelo inquérito que investiga o desaparecimento da estudante Eliza Silva Samúdio, de 25 anos, ex-namorada de Bruno e que havia recorrido à Justiça do Rio para comprovar a paternidade do filho de quatro meses.

Nesta segunda-feira, entre 16h30 e 23h40, equipes das polícias Civil e Militar, além de soldados do Corpo de Bombeiros, realizaram uma operação de busca e apreensão, devidamente autorizada pela Justiça, no sítio de Bruno no Condomínio Turmalina, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A busca no sítio de Bruno contou também com a participação de peritos do Instituto de Criminalística, que buscaram marcas de sangue na casa. Fraldas, roupas de mulher e passagens aéreas foram recolhidas como prova pela Polícia Civil e serão analisadas. Duas cisternas foram verificadas minuciosamente pelos bombeiros por causa de uma denúncia anônima de que um corpo estaria escondido ali. Nenhum cadáver foi encontrado.

A investigação do desaparecimento da estudante continua mobilizando grande efetivo da Polícia Civil mineira, que trata o caso com cautela, evitando passar muitas informações à imprensa.

“Estamos juntando os vestígios, vamos fazer um balanço futuramente e o que puder revelar, será revelado”, afirmou Edson Moreira, em relação ao material apreendido durante a operação no sítio de Bruno. “Não podemos dar muita munição através da imprensa para que a pessoa venha prevenida, já com resposta pronta para aquela questão, é melhor surpreender”, disse o delegado.

De acordo com levantamento da Polícia, Eliza Samúdio deixou o Rio de Janeiro, no último dia 5, informando às amigas que viria a Belo Horizonte com o filho do goleiro Bruno. “Ela disse que estava tudo bem, informou à advogada que viria para cá. Uma das colegas dela denunciou no Rio de Janeiro que havia perdido contato com ela, que estava desaparecida”, contou Edson Moreira.

“A doutora Alessandra Wilke e o doutor Júlio Wilke iniciaram as investigações, procurando o filho dela, já que havia demanda judicial para comprovar se a criança de quatro meses seria do Bruno ou não”, explicou o delegado. A Polícia descobriu a criança, que já está sob a guarda provisória do avô materno, Luiz Carlos Samúdio, em Foz do Iguaçu.

Depois de negar saber da criança, a mulher de Bruno, Dayane Fernandes, admitiu que esteve com o menino, sendo que ele lhe foi entregue por um amigo do goleiro, conhecido como Macarrão. “Se havia um processo de investigação de maternidade, o que essa criança em fase de amamentação estaria fazendo com familiares e colegas do Bruno”, indagou Edson Moreira.

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