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Alex de Jesus/O Tempo/Futura Press

Policiais investigam sítio do goleiro Bruno em Esmeraldas (MG)

29/06/2010 - 16h42

Polícia confirma marcas de sangue em sítio e em carro de Bruno

Gustavo Andrade e Bernardo Lacerda
Em Esmeraldas e Belo Horizonte (MG)

A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou a existência de marcas de sangue nos objetos apreendidos na segunda-feira durante operação no sítio de Bruno, em Esmeraldas, e também na Range Rover, do jogador do Flamengo. Numa tentativa de localizar novas pistas que possam esclarecer o sumiço da estudante Eliza Silva Samudio, policiais civis voltaram ao Condomínio Turmalina, onde se localiza a casa do goleiro.

Durou cerca de uma hora e meia o tempo de permanência de dois agentes da Polícia Civil de Minas Gerais no sítio do goleiro Bruno, no Condomínio Turmalina, neste município da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dois policiais revelaram que fizeram algumas investigações na propriedade do goleiro do Flamengo.

Os agentes da Polícia Civil chegaram por volta das 14h15 à Portaria do Condomínio Turmalina, em um veículo não identificado como sendo da Corporação. Após exibirem a autorização judicial, eles tiveram acesso ao local. Ao deixarem o Condomínio, uma hora e meia depois, os policiais falaram rapidamente com os jornalistas, que fazem plantão na entrada do Turmalina.

Apesar da confirmação desses vestígios no sítio e no carro de Bruno, que foram detectados pelo uso de luminol, substância que permite esse tipo de descoberta, mesmo após a limpeza do local, ainda não se pode afirmar que o sangue pertença à ex-namorada de Bruno. Exames de DNA terão de ser realizados para confirmar o fato.

Segundo o chefe do Departamento de Investigações, delegado Edson Moreira, Bruno é o único suspeito, até o momento, pelo sumiço da estudante Eliza Silva Samudio, que fez contato com amigas e com sua advogada Anne Faraco, pela última vez, em 4 de junho.

Desde então, a estudante, que discutia na Justiça a paternidade de seu filho de quatro meses, batizado também com o nome Bruno, não mais foi vista. Edson Moreira diz que há indícios de que ela tenha sido assassinada e usa como principal argumento o fato de o filho ter sido encontrado, em uma favela de Contagem, no último sábado. A mulher de Bruno, Dayane Fernandes, responde em liberdade por subtração de incapaz.

Na segunda-feira, amparada por mandado de busca e apreensão, as delegadas Alessandra Wilke e Ana Maria Santos e o delegado Júlio Wilke comandaram uma operação, que demorou pouco mais de sete horas, em busca de provas sobre a presença de Eliza Samudio naquele local.

Em função de uma denúncia anônima, de que a estudante teria sido espancada até a morte naquele sítio, soldados do Corpo de Bombeiros foram requisitados para procurar um corpo que estaria em uma cisterna. Nenhum cadáver foi encontrado em quase quatro horas de buscas.

Mas a operação policial resultou na apreensão de fraldas, roupas femininas e passagens aéreas, cujo destino e nome não foram informados. Esse material foi periciado e, de acordo, com a assessoria de imprensa da Polícia Civil teve a confirmação de sangue.

Ainda nesta terça-feira, a Delegacia de Homicídios de Contagem tomou o depoimento de Clayton Gonçalves da Silva, amigo de Bruno, que dirigia o veículo Range Rover, do goleiro do Flamengo, quando foi apreendido por documentação irregular, no início deste mês, em uma estrada entre Nova Contagem e Esmeraldas. Ele disse que não tem nenhum envolvimento no caso.
 

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