18/06/2010 - 13h16

Mesmo sabendo da dificuldade financeira, Gomes pede permanência de Cicinho

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Claramente Cicinho não é o mesmo jogador que fora em sua primeira passagem pelo São Paulo, quando foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial. Mesmo assim, o lateral recebeu nesta quinta-feira o apoio do técnico Ricardo Gomes para sua permanência no Morumbi após o término de seu contrato de empréstimo.

Cedido pela Roma, Cicinho, por contrato, só ficaria até o término da Libertadores. No começo da semana, o vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, chegou a dizer que o clube não buscaria um novo empréstimo porque isso exigiria muito trabalho e alto investimento. Mesmo evitando entrar em conflito com o dirigente, Ricardo Gomes pediu que o lateral permanecesse.

O treinador acredita que a parada para a Copa e esta inter-temporada ajudarão o lateral a crescer com o time: “O Cicinho chegou em condições desfavoráveis, agora ganhou a posição e teve uma boa sequência. Ele aproveitará esse tempo e voltará ainda mais forte”, analisou.

Ricardo Gomes sabe, porém, que o fatores econômicos pesam contra a permanência de Cicinho no clube. “O Leco disse que é caro, não posso interferir no financeiro do clube, mas é uma pena ele ter que voltar para o Roma”.

Entretanto, desde que Leco declarou que Cicinho não deverá ficar, a situação do grupo mudou. Preparado para assumir a lateral-direita do time, o volante Wellington se lesionou treinando com a seleção brasileira sub-19, passou por cirurgia e vai perder o restante da temporada. Assim, se o camisa 23 voltar para a Roma, Ricardo Gomes só teria à disposição para a posição o argentino Adrian González, pouco aproveitado desde que chegou, e o volante improvisado Jean.

Sabendo que será difícil encontrar no mercado substitutos para o jogador, Ricardo Gomes pede uma atenção maior da diretoria pela permanência de Cicinho: “Vou pedir um esforço por ele, que ele fique conosco, até pelos objetivos de curto prazo, além do que sabemos que substituir é difícil”, conclui.