02/06/2010 - 07h00

Palmeiras aposta na Arena Palestra para 'reinventar' projeto de sócio-torcedor

Renan Prates

Em São Paulo

Marcos posa ao lado de Belluzzo no lançamento do Avanti

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O Palmeiras lançou no ano passado seu programa de sócio-torcedor, que até agora se apresenta como um grande fiasco. Mas para mudar este panorama, o departamento de marketing do clube aposta na Arena Palestra pela ‘reinvenção’ do “Avanti Palmeiras”.

“Quem participar do Avanti vai ter prioridade na compra do ingresso e na assinatura de uma cadeira na nova Arena. Além disso, vamos privilegiar aqueles que entraram no projeto antes. Acredito que isso vá ser um grande motivador”, declarou ao UOL Esporte Rogério Dezembro, diretor de marketing do Palmeiras.

Segundo o dirigente do time alviverde, o torcedor irá saber das novidades assim que as obras tiverem início. “A partir daí vai haver a pré-venda das cadeiras nas Arenas e dos camarotes”, explicou.

O “Avanti Palmeiras” foi lançado em novembro do ano passado com o goleiro Marcos de garoto propaganda e metas ousadas, como a de liderar o mercado mundial de sócio-torcedor com 200 mil planos vendidos. Até agora, porém, a realidade é bem diferente.

A contagem do site oficial do programa de sócio-torcedor do Palmeiras mostrava até a noite desta terça-feira o número de 2090 integrantes, bem aquém do estipulado. Líder brasileiro no setor, o Inter de Porto Alegre já passou dos 100 mil. Mas Dezembro rejeita comparações entre os dois projetos.

“O Palmeiras não quer fazer coisas que os outros clubes fazem, como por exemplo dar possibilidade de voto ao associado ao programa. O Inter dá direito a frequentar a sede social e a gente não, pois não misturamos torcedor com a sede social. O Corinthians tem um projeto bem sucedido, mas não dá nada a não ser desconto no ingresso”, comparou o dirigente.

Rogério Dezembro torce para que o Palmeiras ‘embale’ em campo, pois acredita que isso ajudará o departamento de marketing a vender bem mais planos de sócio-torcedor.

“Quando o time vai bem, a gente vende qualquer coisa em verde e branco. Mas quando vai mal fica difícil vender até camisa oficial. São flutuações próprias dessa subjetividade que acontece no futebol devido a paixão do torcedor”, justificou.