A declaração de Ronaldo sobre o apoio de Lula à reforma do Centro de Treinamento do Corinthians explicitou algo que já está correndo a todo vapor no Parque São Jorge. Contando com o apoio da Nike, do Grupo Silvio Santos e de investidores menores, o clube iniciou as obras no Parque Ecológico do Tietê e se gaba de poder modernizar sua estrutura gastando menos dinheiro que o previsto.
Nike e Banco Pan-Americano, do Grupo Silvio Santos, são os principais pilares de investimento no novo CT. Quando anunciou a renovação do acordo com o Corinthians neste ano, a empresa norte-americana de material esportivo já previa injeção de dinheiro no Parque Ecológico. O retorno dado desde o ano passado animou a Nike.
O Grupo Silvio Santos também se surpreendeu com a exposição que conseguiu desde que se tornou patrocinador do clube. A satisfação foi tanta que o Banco Pan-Americano, seu braço financeiro, irá ajudar na modernização do CT. O ato causou até certo incômodo no Bradesco, antigo parceiro do Corinthians que relutou em investir na reestruturação do local, alegando que isso seria contra sua política interna.
Nesta terça-feira, quando o elenco voltou a trabalhar no Parque Ecológico, vários caminhões entravam e saíam do CT, que já recebe as primeiras obras. O início só foi possível, contudo, graças à ajuda dos parceiros. Até um investidor menor fez acordo com o Corinthians para doar "cercas vivas" para o terreno em troca de exposição.
O clube alvinegro buscou inspiração em dois modelos de CTs já existentes: do Barcelona e do Atlético-PR. A nova estrutura contará com cerca de 30 quartos, piscina aberta, piscina aquecida, caixa de areia e um vestiário novo. Campos com diferentes dimensões também estarão prontos para treinos do time profissional.
O consultor-médico Joaquim Grava e o diretor administrativo André Luiz de Oliveira estão à frente da reforma do Parque Ecológico. A expectativa é que tudo esteja concluído ainda no primeiro semestre de 2010. Prazo parecido ao estipulado para a reforma do CT de Itaquera.
Neste caso, o Corinthians não só espera incentivo público, como já cumpriu uma exigência para tal, publicando em alguns jornais um balanço financeiro detalhado de sua situação. A diretoria já trabalha até com valor da ajuda que espera receber do poder público: cerca de R$ 10 milhões. O incentivo só é possível porque em Itaquera apenas as categorias de base trabalham.
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