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Do UOL, em São Paulo
Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.
Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.
Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.
As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.
Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.
Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.
O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.
Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".
O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
Fases do jogo
- Primeiro tempoA proposta de jogo ficou clara dos dois lados. O Atlético era só ataque, enquanto a URT se fechou toda desde o início. A marcação forte dos visitantes forçava os alvinegros a se movimentarem bastante, além de buscarem finalizações a longa distância, o que não era feito com tanta eficiência. Bem estruturado, o time de Patos de Minas só saía na boa e procurava ameaçar nos contra-ataques em velocidade, principalmente com Jonathan Balotelli. No Galo, a facilidade para desarmar contrastou com a dificuldade para passar a bola com qualidade. Apesar da iniciativa e intensidade bem superior, pouco levou perigo ao gol adversário.
- Segundo tempoPrecisando fazer o resultado para se classificar, a URT foi obrigada a sair para o jogo, cedendo mais espaços e deixando a partida mais emocionante para os dois lados. Com mais liberdade em campo, o Atlético continuou em cima e quase marcou com Pratto, mas continuou pecando na qualidade para construir as jogadas. Do outro lado o time visitante se soltou aos poucos, ganhou confiança e exigiu boas intervenções do goleiro Victor. O desfecho da partida só mudou com a boa jogada de Robinho e Douglas Santos, que encontrou Lucas Pratto dentro da pequena área para dar um carrinho, balançar as redes e garantir de vez a classificação alvinegra. Já no final do jogo, Rafael Carioca finalizou rasteiro, no cantinho do goleiro, e fechou a conta. 2 a 0 placar final.
Destaques
- Todos por el EcuadorAntes da partida começar, os jogadores do Atlético-MG abriram uma faixa com a mensagem "Todos por ele Ecuador", em referência às vítimas do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a costa norte do país. No clube mineiro, o meia Cazares e o zagueiro Erazo são equatorianos.
- 'Assunto Libertadores' liberadoA partir de agora, o foco do Atlético volta a ser a Copa Libertadores. Nesta segunda-feira, a delegação alvinegra embarca para a Argentina. Na quarta, o clube faz o duelo de ida pelas oitavas de final, contra o Racing. A partida da volta acontecerá na semana seguinte, mas a diretoria ainda não decidiu se vai levar o jogo para o Independência ou Mineirão.
- Campeã do interiorDurante todo o campeonato, a URT bateu de frente com os times da capital. Nos cinco jogos anteriores diante de Atlético, Cruzeiro e América, a equipe não tinha perdido nenhum. Além disso, foi a melhor colocada entre as equipes do interior do estado, o que já lhe garantiu o troféu de campeão do interior.
Melhor em campo
- Douglas Santos, do Atlético-MG
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