Terça-feira 23/02/2016 - 16:45

Juventus Arena, Turim

2
Juventus Juventus
  • Paulo Dybala
  • Sturaro
Pós-jogo
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Bayern de Munique Bayern de Munique
  • Thomas Müller
  • Robben

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Do UOL, em São Paulo

Muricy Ramalho colocou em campo diante do Corinthians a sexta escalação do São Paulo em seis jogos em 2015. Por um misto de opção tática, preservação de jogadores e oportunidade aos jovens, o treinador são-paulino não repetiu o time na temporada. Nesta quarta, uma equipe surpreendente, com algumas mudanças inéditas para o clássico, não deu certo: o time foi dominado e derrotado sem contestação em Itaquera.

Na estreia, defesa com Toloi e Edson Silva, Thiago Mendes no meio e Kardec e Luis Fabiano no ataque. Depois, Lucão ganhou lugar na defesa, Pato no ataque; Ganso voltou ao meio. No clássico com o Santos, chance para o garoto Ewandro. Contra o Bragantino, última partida, esquema com três zagueiros, estreia de Doria e Centurión, com o garoto Boschilia entre os titulares.

Diante do Corinthians, foram três mudanças inéditas: pela primeira vez no ano, Michel Bastos atuou na lateral esquerda; Doria, que só havia atuado com três zagueiros diante do Bragantino, jogou em uma formação com dois defensores. O meio com Denilson, Souza, Maicon e Ganso também apareceu pela primeira vez em 2015.

As surpresas vieram depois de uma semana repleta de mistérios: enquanto Tite revelou a escalação corintiana na terça, Muricy fechou os treinamentos, e deixou claro desde a semana passada que não revelaria a escalação. A estratégia não deu certo.

Um dos principais destaques do time na temporada, Michel Bastos não repetiu as boas atuações na lateral. Após o jogo, repetiu um discurso adotado já no começo do ano, de que rende mais no meio de campo. "Eu sei jogar, lógico, mas acho que hoje eu posso dar um pouco a mais em outra posição. Hoje o Muricy optou por isso para dar possibilidade a outro jogador, tentei dar meu máximo. A gente sempre quer jogar na nossa função", disse.

Dória também não foi bem, e vacilou em alguns lances. Na saída de campo, se irritou com perguntas sobre seu preparo físico. "Com certeza, estou preparado sim", disse, antes de deixar a zona mista.

O meio até trocou mais passes do que o Corinthians, mas, com dois centroavantes de pouca velocidade, Maicon e Ganso não encontraram espaço para enfiar as bolas. Cássio praticamente não trabalhou no Itaquerão.

Depois da partida, o próprio Muricy Ramalho reconheceu que as mudanças não surtiram efeito. "Quis liberar os dois laterais, os dois atacantes e o Ganso, mas não surtiu efeito. Não teve penetração, não teve jogada de fundo do campo. Para classificarmos na Libertadores, é muito pouco. Só com isso não tem condições".

O São Paulo volta a campo no sábado, diante do Audax, no Morumbi. Possivelmente, terá a sétima escalação da temporada. A missão, agora, é encontrar o time ideal antes de voltar a atuar pela Libertadores, diante do Danubio, na quarta-feira.
 

Fases do jogo

  • Primeiro tempoA primeira finalização da partida, logo aos 30 segundos, foi da Juventus, com o croata Mandzukic, de fora da área, mas parou nas mãos de Buffon. Foi só fogo de palha. O Bayern tomou controle do jogo na sequência e respondeu já aos 3 minutos, quando Vidal exigiu boa defesa de Buffon. Aos 12, Lewandowski deixou Müller na cara do gol, mas o alemão perdeu gol incrível - ele nem mesmo conseguiu finalizar. Bernat também teve sua oportunidade, mas o tempo inicial continuou 0 a 0 até a chance de redenção de Müller: aos 42 minutos, o meia-atacante deu início à trama abrindo a bola na direita para Robben, que cruzou no segundo pau para Douglas Costa. O brasileiro, de primeira, devolveu para o meio da área, a zaga anfitriã cortou e a redonda se ofereceu a Müller, livre na marca do pênalti, tocar às redes.
  • Segundo tempoO segundo tempo, com a Juventus mais solta no ataque, foi movimentado. Aos 10 minutos, Robben parecia ter confirmado vitória do Bayern, com golaço de canhota, na sua jogada característica: corte para o meio e chute firme, de dentro da área. Mas o clube anfitrião se recuperou. Aos 18, após falha da zaga do time alemão, o argentino Dybala, com assistência de Mandzukic, diminuiu a diferença. Sturaro, que havia entrado aos 23 minutos, deu números finais ao confronto, aos 31 - no lance, Morata, outra aposta de Allegri para a metade final, recebeu passe de Mandzukic e centralizou bola. O autor do tento brigou de carrinho e balançou a rede,

Destaques

  • À la GuardiolaOs jogadores do Bayern de Munique encheram o chefe de orgulho na partida. A equipe alemã teve nada menos do que 64% de posse de bola na partida e, na maior parte do tempo, atuou com os 10 atletas de linha no campo do adversário. Entre os 6 e os 10 minutos do primeiro tempo, o dado mais impressionante: o clube visitante somou 100% de posse no período.
  • Uma zaga sem zagueirosCom desfalques para montar o setor defensivo, Pep Guardiola optou por uma zaga sem zagueiros ? a ideia facilitou o domínio de jogo do time. O volante Kermmich atuou pelo lado direito, e o lateral-esquerdo Alaba, pelo esquerdo. Entre eles, o também volante Arturo Vidal, para reforçar a sistema de recuperação de bola e a saída para o jogo. A formação foi um 4-3-4. Nas alas, Lahm e Bernat. Thiago Alcântara e Thomas Müller completaram a zona central, enquanto Robben e Douglas Costa ficaram abertos nas pontas. Lewandowski jogou no comando de ataque.
  • Boa notícia para a Juve. Nem tanto para BuffonA Juventus aumentou série invicta na temporada para 15 jogos, contando partidas de todas as competições ? a equipe, na arrancada, superou o Napoli na ponta da tabela do Campeonato Italiano. Buffon, contudo, estava beirando os 700 minutos sem ser vazado. Havia sofrido o último gol em 10 de janeiro, contra a Sampdoria, em vitória por 2 a 1. Agora sofreu 2 do Bayern.

Melhores

  • Pep Guardiola, Bayern de MuniqueSe o Bayern de Munique dominou o time anfitrião na Itália, pelo menos na maior parte do jogo, o mérito é do treinador espanhol Pep Guardiola. Foram 64% de posse de bola, pressão de marcação no campo do rival, e dois gols em jogadas rápidas. Afora o estilo de jogo, o comandante superou os problemas da zaga com com improviso no sistema defensivo, que foi composto por Kermmich, Alaba e Vidal. E funcionou bem.
  • Massimiliano Allegri, JuventusO treinador italiano da Juventus também mostrou qualidade. Não desde o início da partida, mas no segundo tempo, com a entrada de Morata e Sturaro. O primeiro substituiu Dybala, aos 29 minutos da metade final, e o segundo, pouco antes, aos 23, entrou na vaga do volante Khedira. A partida estava 2 a 1 quando Morata deu assistência para o tento de Sturaro.

Piores

  • Cuadrado, JuventusO colombiano jogou aberto pelo lado direito do ataque da Juventus, mas não foi bem. Ainda que tenha acompanhado satisfatoriamente Douglas Costa na ação defensiva, desperdiçou a maior parte das bolas que teve nos pés. Duas delas foram fatais: o segundo gol do Bayern saiu de contragolpe originado de um erro de cruzamento do atleta. E quando o placar ainda marcava 2 a 1 para o Bayern, o jogador perdeu gol cara a cara com Neuer.

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