Não é só pontaria! As razões para CR7 render mais que as outras estrelas

O desempenho impressionante de Cristiano Ronaldo nos primeiros dias da Copa do Mundo da Rússia chama atenção não só pelas marcas e estatísticas que o tornam artilheiro da competição com quatro gols em dois jogos, mas também pela diferença de rendimento em relação aos outros jogadores que chegaram ao Mundial com promessa de brilharem, como Messi, Neymar, Salah ou Griezmann. A explicação para o momento especial que vive o português parte justamente do status adquirido dentro de sua seleção: CR7 converteu em gol 80% das chances que teve, enquanto o restante do time desperdiçou todas as oportunidades que teve.
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De acordo com números da Fifa, Cristiano Ronaldo teve cinco oportunidades de gol em duas partidas, sendo que quatro delas se transformaram em gols. O restante dos jogadores de Portugal teve seis chances e nenhuma foi concretizada. Em relação a total de conclusões, que não são necessariamente chances claras, Ronaldo tentou dez vezes. Desse total, quatro foram bloqueadas e duas fora dos limites das traves. Por fim, quatro foram no gol, e as quatro entraram, em um pênalti, uma falta, um chute de fora da área e um cabeceio. Ou seja, eficiência total.
"Cristiano sabe afinar sua finalização. É um jogador em constante evolução. Não quer fazer hoje o que fazia antes. Está em constante evolução. Em três anos, vai querer fazer coisas diferentes", disse o técnico português Fernando Santos sobre a evolução de seu comandado.
A eficiência de Cristiano Ronaldo contrasta com a das outras quatro estrelas, mas ela se baseia em um pilar principal, que é o momento físico do português. Sem destaque nos primeiros meses da temporada 2017/2018 da Europa, o atacante embalou nos momentos decisivos: três gols no PSG nas oitavas de final da Liga dos Campeões, três contra a Juventus nas quartas e, por fim, o terceiro título consecutivo da maior competição de clubes do mundo pelo Real Madrid como artilheiro. Também foi em boas condições físicas que ele chegou à Rússia para conduzir a seleção portuguesa - até o momento, com excelência.
Outras estrelas não tiveram a mesma sorte: Neymar sofreu uma lesão no pé direito em 25 de fevereiro e voltou a jogar somente nos amistosos de preparação para a Copa do Mundo da seleção brasileira, enquanto Salah machucou o ombro em 26 de maio, na final da Liga dos Campeões da Europa. O egípcio até desfalcou o primeiro jogo de sua seleção na Rússia e voltou somente na segunda rodada. Nos dois casos, problemas físicos atrapalham a arrancada dos protagonistas de PSG e Liverpool.
Em relação aos casos de Messi e Griezmann há contextos maiores relativos às seleções em que eles atuam. O argentino lida com o peso de sua condição de protagonista da equipe e também a falta de um título da Copa do Mundo. Em junho de 2016, depois de perder um pênalti e o título da Copa América Centenário para o Chile, o jogador do Barcelona renunciou à seleção que não conquistava títulos há 23 anos. Ele perdeu quatro finais (1 Copa do Mundo e 3 Copas Américas), se abalou pela condição e desistiu. Após dois meses mudou de ideia, mas continua sob pressão na Argentina.
Já o atacante francês foi o melhor nome entre os quatro "concorrentes" de Cristiano Ronaldo na primeira rodada. Ele fez um dos gols da vitória sobre a Austrália por 2 a 1 e foi eleito como o melhor em campo. Aos 27 anos, ele atua em trio ofensivo ao lado de MBappé, 19 anos, e Dembélé, de 21, e já é a principal referência técnica e de liderança em um ataque bem jovem.
Sem proximidade com problemas físicos ou pressão por falta de títulos e no auge da maturidade aos 33 anos, Cristiano Ronaldo atuou nas duas primeiras partidas inteiras da Copa do Mundo, correndo pouco mais de 8 km em média em cada uma delas, e mostrou que não é um destaque à toa.
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