Fifa responde à CBF e explica uso do VAR, mas nega acesso a gravações
A Fifa respondeu na manhã desta quarta-feira (20) a carta enviada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) questionando o uso do VAR com a explicação de que a interferência só ocorre em erros considerados claros pelos árbitros de vídeo durante a Copa do Mundo da Rússia. Porém, a entidade negou o pedido de acesso aos áudios e vídeos do dispositivo de auxílio à arbitragem do jogo Brasil x Suíça, disputado no último domingo.
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No início de manhã (de Brasília), a diretoria da seleção brasileira divulgou comunicado afirmando que não teve o mérito dos lances analisado e prometeu manter conversas com a organizadora da Copa para evitar erros no futuro.
No caso em questão, a CBF questionou a Fifa sobre os procedimentos do VAR tendo em vista principalmente o gol de Zuber no empate por 1 a 1 entre as seleções. Na avaliação da entidade brasileira, houve falta do jogador suíço em Miranda antes do cabeceio.
No documento, divulgado em seu site, a confederação brasileira solicitou também a cópia das conversas entre o árbitro no campo, em Rostov-on-Don, e os responsáveis pelo VAR, em Moscou. O pedido, porém, foi rejeitado. Mesmo assim, a CBF considera que a carta foi bem-sucedida, já que aumentou a pressão sobre árbitros e obteve eco na cúpula da Fifa.
Na resposta da carta, a entidade ainda explica com detalhes o funcionamento do VAR, que estreia em Mundiais neste ano.
Conforme informado pelo UOL Esporte na última segunda-feira, a Fifa aprovou os procedimentos realizados no jogo. Houve uma consulta silenciosa ao VAR, na qual foi verificado pelo árbitro de vídeo que não havia clareza sobre a falta. Neste caso, a recomendação é de não haver interferência na decisão do árbitro de campo.
Além do lance do gol suíço, a seleção brasileira, de maneira mais tímida, reclamou de um possível pênalti em cima de Gabriel Jesus quando o jogo estava empatado por 1 a 1. A avaliação da comissão de arbitragem da Fifa é de que houve acerto nas duas marcações.
Na última terça-feira, em nota divulgada à imprensa, a Fifa se mostrou satisfeita com o uso da tecnologia no Mundial da Rússia, mas admitiu discussão sobre as decisões da arbitragem até aqui. Ela não comentou casos específicos.
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