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Infantino diz que comissão de arbitragem responderá a protesto da CBF

Mladen Antonov/AFP
Imagem: Mladen Antonov/AFP

Rodrigo Mattos

Do UOL, em Moscou

19/06/2018 06h54

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que será a comissão de arbitragem quem responderá ao protesto da CBF em relação à atuação do juiz mexicano Cesar Ramos no empate por 1 a 1 entre Brasil e Suíça, no último domingo (17), pela primeira rodada da Copa do Mundo. O departamento, como apurou o UOL Esporte, entende que houve correção nas decisões e no uso silencioso do VAR (árbitro de vídeo). Nos bastidores da cúpula da entidade máxima do futebol, a carta deve funcionar como pressão sobre próximas arbitragens.

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 A diretoria da CBF decidiu-se por uma carta formal de protesto na segunda-feira para reclamar de supostos erros no jogo contra a Suíça. São dois pontos: suposta falta em Miranda na jogada do gol suíço e um pênalti em Gabriel Jesus.

 "Quem vai responder serão os árbitros", afirmou Infantino ao UOL Esporte, referindo-se ao comitê responsável pela arbitragem. Ele confirmou que recebeu o documento da CBF. 

 A CBF requisitou áudios e vídeos do VAR para verificar os procedimentos. A reportagem apurou que, de fato, esses áudios e vídeos existem e estão arquivados para análise. A confederação quer agora confirmar se houve de fato uma consulta silenciosa ao árbitro de vídeo com a decisão de seguir os dois lances.

A questão é se é possível o acesso de uma federação nacional a esses arquivos. Até agora não há uma regulamentação para que as associações possam ouvir os áudios. Assim não se sabe se é possível atender o pedido, o que será verificado pela Fifa.

A entidade alega que houve, sim, consulta ao VAR por Cesar Ramos. Foi uma consulta silenciosa, na qual o árbitro de vídeo mandou o jogo seguir em ambos os lances. A CBF entende que tem de haver transparência ao mostrar os áudios para comprovar essa questão.

Extraoficialmente, Infantino disse para dirigentes brasileiros que não foi por isso que o Brasil deixou de ganhar. Nesta terça-feira, ele viajou para assistir ao jogo entre Colômbia e Japão, em Saransk.