Japão aproveita expulsão no início e surpreende a Colômbia em estreia
Uma expulsão logo aos 3 min mudou totalmente as estreias de Japão e Colômbia na Copa do Mundo da Rússia. Melhor para os japoneses, que aproveitaram o cartão vermelho ao meio-campista Carlos Sánchez, cresceram no segundo tempo e debutaram com vitória no Mundial de 2018: 2 a 1, em partida realizada nesta terça-feira (19), na Arena Mordovia, em Saransk.
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O segundo cartão vermelho mais rápido da história das Copas do Mundo – o primeiro foi do uruguaio José Batista, em 1986 – mudou todo o planejamento colombiano. Pekerman poupou o principal astro do time, James Rodríguez, do início da partida, mas se viu rapidamente em desvantagem e precisou recorrer ao jogador do Bayern de Munique, mas sem sucesso.
Kagawa converteu o pênalti cometido por Sánchez e fez 1 a 0 com apenas 6 min de duelo. A Colômbia, mesmo com 10, ainda ensaiou se impor e chegou ao empate aos 38 min, em belo gol de falta de Quintero. O cansaço por jogar quase toda a partida com um a menos, porém, pesou contra os sul-americanos.
Na segunda etapa, o Japão fez valer a vantagem numérica e dominou a equipe colombiana, que recorreu muito a jogadas individuais de James e aos lançamentos esticados para Falcao Garcia. O prêmio pelo rendimento superior dos asiáticos na parte decisiva da partida veio aos 28 min, com Osako assegurando os três pontos.
A derrota põe pressão na Colômbia, que foi uma das surpresas da Copa do Mundo do Brasil há quatro anos. A equipe de James Rodríguez e Falcao Garcia agora precisa vencer a Polônia no próximo dia 24, às 15h (de Brasília), para seguir com boas chances de classificação. O Japão, que larga bem na Rússia, duela com Senegal na mesma data, mas às 12h.
Quem foi bem: Osako
O Japão demorou a assumir o controle da partida, mesmo com a vantagem numérica ocasionada com a expulsão de Carlos Sánchez. Quando se impôs, a partir da metade do segundo tempo, o atacante Osako se mostrou uma peça importante - e decisiva. Foi dele a cabeçada certeira responsável por dar a primeira vitória do Japão em Copas do Mundo desde 2010.
Quem foi mal: Carlos Sánchez
Titular absoluto e um dos homens de confiança do treinador, Carlos Sánchez prejudicou demais o andamento da partida para a Colômbia. Em um ato provavelmente instintivo, o jogador do Espanyol colocou a mão na bola para evitar o gol de Kagawa. Com apenas 3 min, o Japão tinha um jogador a mais e a chance de cobrar um pênalti, convertido justamente por Kagawa.
James só entra no 2º tempo
O principal astro colombiano assistiu a boa parte do jogo do banco de reservas. Com dores musculares, o camisa 10 acabou poupado de treinamentos durante a semana e ficou apenas como opção. As circunstâncias do jogo, no entanto, obrigaram uma mudança de planos: o meia entrou antes dos 15 min da etapa final e teve no pé esquerdo a melhor chance de empatar o jogo: aos 32 min, o artilheiro do Mundial de 2014 acabou travado pela zaga rival, já dentro da área.
Expulsão no início muda jogo da Colômbia
Todo o plano traçado por José Pekerman, que poupou nomes como James Rodríguez, Barrios e Bacca, terminou com apenas três minutos de partida. Em contra-ataque veloz, a bola sobrou para Kagawa na entrada da área. O camisa 10 chutou e viu a bola desviar no braço de Carlos Sánchez. A arbitragem não teve dúvida em assinalar o pênalti e expulsar o volante colombiano. Na cobrança, Kagawa abriu o placar.
À la Ronaldinho
Mesmo com um a menos, a Colômbia controlou o jogo a partir do gol do Japão. O empate, todavia, veio graças à inspiração de Juan Quintero. O meia do River Plate cobrou falta por baixo da barreira, no melhor estilo Ronaldinho Gaúcho, e viu a bola morrer dentro do gol aos 38 min de partida.
Japão não se impõe no 11 x 10...
Nem 5 min de primeiro tempo e o jogo seguia um roteiro totalmente favorável aos japoneses. Com um a mais e em vantagem no placar, o time asiático teria pouco mais de 80 min para administrar o jogo, explorar contra-ataques e obter a primeira vitória em Mundiais desde 24 de junho de 2010 (3 a 1 na Dinamarca). Não foi o que aconteceu. Os colombianos dominaram o meio-campo e conseguiram evitar uma pressão japonesa até o fim da primeira etapa.
...mas cresce no segundo tempo
Os japoneses demoraram, mas obtiveram o domínio esperado somente no segundo tempo. Diante do cansaço colombiano, o time asiático conseguiu levar perigo e obrigar Ospina a trabalhar bem em chutes de Osako e Inui. A entrada de Honda, poupado do início do jogo, também melhorou o volume ofensivo dos japoneses. Ele, aliás, foi decisivo: cobrou escanteio na cabeça de Osako, que recolocou sua seleção em vantagem.
FICHA TÉCNICA
COLÔMBIA 1 x 2 JAPÃO
Local: Arena Mordovia, em Saransk (Rússia)
Data: 19 de junho de 2018 (terça-feira)
Horário: 9h (de Brasília)
Árbitro: Samir Skomina (Eslovênia)
Assistentes: Jure Praprotnik (Eslovênia) e Robert Vukan (Alemanha)
Cartões Amarelos: Barrios e James Rodríguez (Colômbia); Kawashima (Japão)
Cartão Vermelho: Carlos Sánchez (Colômbia)
Gols:
COLÔMBIA: Quintero, aos 38min do 1º tempo
JAPÃO: Kagawa (de pênalti), aos 6min do 1º tempo; e Osako, aos 28min do 2º tempo
COLÔMBIA: Ospina, Arias, D. Sánchez, O. Murillo e Mojica; Carlos Sánchez e Lerma; Cuadrado (Barrios), Quintero (James Rodríguez) e Izquierdo (Bacca); Falcao García.
Técnico: José Pekerman.
JAPÃO: Kawashima; H. Sakai, Yoshida, Shoji e Nagatomo; Hasebe e Shibasaki (Yamaguchi); Haraguchi, Kagawa (Honda) e Inui; Osako (Okazaki).
Técnico: Nishino Akira.
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