Sem VAR no Brasil, árbitro de vídeo do país na Copa pode ser pouco escalado

Brasileiro escalado como árbitro de vídeo para a Copa do Mundo da Rússia, Wilton Pereira Sampaio deve ser usado com menos frequência do que outros como o chefe da equipe de VAR (árbitro assistente de vídeo, na sigla em inglês) nas partidas da competição.
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A Fifa tem priorizado para a função, nesse início de Mundial, árbitros que têm a tecnologia já presente nos seus principais torneios nacionais, o que não ocorre com Sampaio. Por decisão dos clubes, que não quiseram arcar com os custos apresentados pela CBF (que também não quis pagar) e ainda defendiam mais testes do sistema, o VAR não é utilizado no Campeonato Brasileiro em 2018 -- será na Copa do Brasil, a partir das quartas de final.
Até agora, nas oito partidas da Copa, sete dos chefes de equipe de árbitro de vídeo eram de países onde a análise de imagens é usada na primeira divisão: o italiano Massimiliano Irrati e o alemão Felix Zwayer comandaram duas partidas, o norte-americano Mark Geiger fez uma, o italiano Daniele Orsato e o holandês Danny Makellie, as outras. O único intruso, que não tem o VAR em seu torneio, foi o argentino Mauro Vigliano.
Isso não quer dizer que Sampaio não possa chefiar o VAR em partidas, já que o número de profissionais convocados especificamente para a função no Mundial não foram muitos, 13 no total. Por isso, até árbitros de campo, como Geiger, já trabalharam como VAR, e acontecerá com outros.
Mas a tendência é de que ele seja maus usado como AVAR, posição que foi escalado para Croácia x Nigéria, no sábado, e até para uma outra, do que vai ficar atento apenas às duas câmeras exclusivas da Fifa para o impedimento.
A equipe do VAR, que fica em uma sala de controle em Moscou, no centro de transmissões e conversa com a arbitragem de campo por rádios, é formada por quatro pessoas: o VAR chefe, responsável por avaliar se um lance talvez necessite de revisão, e quem fala diretamente com o árbitro no campo; o AVAR, auxiliar que vê diversas câmeras de transmissão, o VAR 3, responsável apenas por avaliar o impedimento, e o 4, atento à transmissão oficial.
Ao definir os 13 profissionais exclusivos para o VAR no Mundial, a Fifa optou por mais europeus, nove, contra três sul-americanos e um asiático. Italianos, que têm a tecnologia na Série A local, são maioria, três. Mas há também alemão, que trabalha com isso na Bundesliga, holandês, país que foi um dos pioneiros nos testes do VAR, e americano, que tem ma MLS, a principal liga local, também as imagens para tirar dúvidas em lances.
Os sul-americanos, que são três, tiveram mais experiência em testes, mas as imagens foram usadas em fases decisivas de torneios como a Libertadores, o que deve se repetir em 2018. Por terem esse maior contato com o sistema entraram no time, enquanto árbitros da África e da Ásia, não. A exceção foi Al Jassim, do Qatar, escalado mais para observar e levar conhecimento à federação que receberá a próxima Copa do Mundo, de 2022.
O árbitro de vídeo foi usado pela primeira vez em Mundiais na partida entre França e Austrália, neste sábado (16) em Kazan, para confirmar pênalti do australiano Risdon sobre o francês Griezmann.
O lance, interpretativo, continuou rendendo polêmica mesmo depois do uruguaio Andres Cunha ter voltado atrás e marcado a falta dentro da área depois de analisar as imagens em uma tela - o chefe do vídeo nessa partida foi o argentino Mauro Vigliano.
Mais tarde, em Peru e Dinamarca, novamente um pênalti foi marcado depois de revisão do árbitro Bakary Gassama, de Gâmbia -- comandava o VAR o alemão Felix Zvayer.
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