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Faixa de capitão é arma para Marcelo se provar e apagar pesadelo de 2014

Capitão na estreia, Marcelo terá a chance de apagar trauma da estreia na Copa do Mundo de 2014 - REUTERS/Marko Djurica
Capitão na estreia, Marcelo terá a chance de apagar trauma da estreia na Copa do Mundo de 2014
Imagem: REUTERS/Marko Djurica

Danilo Lavieri, Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em Rostov-on-Don e Sochi (Rússia)

16/06/2018 17h35

Aos 30 anos, Marcelo já pode ser classificado como um dos maiores laterais de sua geração e da história do futebol brasileiro. Em 11 anos de Real Madrid, venceu quatro edições do Campeonato Espanhol, quatro da Liga dos Campeões e três Mundiais de Clubes. Na Copa do Mundo, porém, ainda há uma conta pendente. Se tudo der certo, ele começa a resolver essa questão neste domingo, em Rostov-on-Don, às 15h (horário de Brasília), contra a Suíça.

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No rodízio de capitães estabelecido por Tite, Marcelo recebeu a braçadeira de capitão para a estreia e um incentivo extra para, quem sabe, apagar as marcas ruins deixadas em 2014. Depois de concorrer a uma vaga para o Mundial de 2010 e ser preterido por Dunga, o legítimo sucessor de Roberto Carlos teve status de absoluto com Luiz Felipe Scolari mas não conseguiu, nos gramados brasileiros, ser o jogador de quase sempre. 

Duas, em especial, foram as marcas negativas para Marcelo na Copa passada. Na estreia, aos 10min, anotou gol contra para a Croácia, o primeiro feito por um brasileiro contra as próprias redes na história dos Mundiais. Já no fatídico 7 a 1, diante da Alemanha, deixou o Mineirão como um dos piores em campo com erros defensivos importantes. Em termos pessoais, o torneio ainda teve uma tristeza grande para o jogador, que perdeu o avô Pedro, maior incentivador de sua carreira, vítima de câncer, poucos dias antes da competição. 

"São coisas que acontecem no futebol. Claro que eu queria que fosse de outra maneira [a Copa passada], mas não tem trauma", declarou Marcelo neste sábado, véspera da estreia.

"Se eu tivesse trauma, eu não estaria mais jogando, eu teria largado. Fiz como sempre faço na minha vida: traçar novos objetivos. A Copa do Mundo é outro desafio. E tentar não se machucar é outro desafio. Treinar sem dor é outro. Entender padrão é outro. Trocar do clube para seleção é outro. Minha vida é feita de desafios e não levo trauma. Não deixo crescer a cabeça pelas coisas boas e as coisas erradas não me afetam", disse ainda. 

Resgatado por Tite para a seleção brasileira depois de deixar os planos do antecessor Dunga por problemas de relacionamento, Marcelo voltou a viver grandes momentos com a camisa e anotou, inclusive, gol nas Eliminatórias, diante do Paraguai. 

Como mostrou o UOL Esporte no especial "Seleção de Super Heróis", a comissão técnica atual chegou a traçar um programa físico especial para o jogador, que nos últimos meses orgulhou Tite por sua melhor forma e capacidade de fazer novos movimentos em campo, com atuações fundamentais para outro título do Real Madrid na Liga dos Campeões. 

Assim, com o lateral de capitão, o Brasil está confirmado para enfrentar com: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Willian, Paulinho, Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.