Além de complicar seu bolão, Copa de placares apertados dá alerta ao Brasil

Em seus três primeiros dias, a Copa do Mundo soma média de gols de 2,6 por partida - o maior número desde 1998. Apesar da grande quantidade de gols marcados até aqui, o torneio chama a atenção pelo equilíbrio entre as seleções e os resultados apertados, inclusive nos encontros entre campeãs mundiais e equipes com menos tradição. Aí você pode lembrar da Rússia, que goleou a Arábia Saudita por 5 a 0 logo na abertura da Copa, mas vamos tratá-la como a exceção que confirma a regra: não está fácil para ninguém.
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Quatro seleções campeãs mundiais entraram em campo antes do Brasil na Copa do Mundo, e nenhuma delas teve qualquer facilidade: o Uruguai venceu o Egito com um gol marcado aos 44 minutos do segundo tempo, a Espanha empatou em 3 a 3 com Portugal, a França venceu a Austrália por 2 a 1 com influência do árbitro de vídeo e a Argentina... bem, a Argentina empatou em 1 a 1 com a Islândia, estreante em Copas, e complicou a situação de 9 entre 10 pessoas que apostaram em algum bolão.
O Brasil é 2º do ranking da Fifa e enfrenta neste domingo, às 15h, em Rostov, a 6ª colocada Suíça. Não só pela boa colocação dos europeus no ranking oficial, mas principalmente pelo nível técnico das seleções desacreditadas, o alerta está ligado. Como mostrou o UOL Esporte, a Suíça chega à Copa do Mundo da Rússia em boa fase: classificou-se pela quarta vez consecutiva, teve média de dois gols por jogo nas Eliminatórias e está invicta há seis partidas, período em que chegou a golear o Panamá por 6 a 0.
O último duelo com o Brasil também está fresco na memória: vitória por 1 a 0 da Suíça, em 14 de agosto de 2013, com gol contra de Daniel Alves.
As lições dos primeiros dias da Copa para o Brasil:
Uruguai 1 x 0 Egito: protagonista apagado
O sofrimento uruguaio para vencer o Egito passou muito pelo mau desempenho de Luis Suárez, o jogador mais conhecido do país. Enquanto o Brasil deposita tantas esperanças em Neymar, Suarez é o protagonista celeste. Mas em campo foram três chances perdidas, sendo duas delas de maneira bizarra, desastrada. Errou domínios, se apresentou sem ritmo e pouco fez. A solução para um dia de apagão do principal jogador foi a bola aérea: em cobrança de falta de Carlos Sánchez, o zagueiro Giménez marcou de cabeça e deu alívio aos sul-americanos.
Espanha 3 x 3 Portugal: cuidado com as feras
A Espanha correu atrás de Cristiano Ronaldo durante 90 minutos da partida de Sochi: o português abriu o placar e Diego Costa empatou, o português colocou à frente de novo e Diego Costa empatou outra vez. Aí Nacho marcou, mas o português anotou pela terceira vez para empatar o placar. A lição deste jogo é: não dê paz ao principal jogador do time adversário. No caso da Suíça, os candidatos a protagonista são Shaqiri e Xhaka.
França 2 x 1 Austrália: o meio pode ser a chave
A França foi escalada com um marcador e dois jogadores mais leves no meio-campo, para que auxiliassem o trio ofensivo formado por Griezmann, Dembelé e M'Bappé. Em campo, no entanto, os meias não cumpriram seu papel e pouco se projetaram ao ataque, sempre trocando passes com Kanté e acionando pontas ou laterais que ultrapassavam. A tática que poderia levar a França à vitória não rendeu o esperado em razão da falta de mobilidade. Que Paulinho e Philippe Coutinho ouçam.
Argentina 1 x 1 Islândia: jogadas de fundo ajudam
A Argentina concentrou seu jogo pelo meio e a insistência não deu resultado: sem jogadas de linha de fundo, ultrapassagens e velocidade contra os grandalhões da Islândia, o time de Jorge Sampaoli insistiu em tabelas curtas no meio com a participação de Messi, mas ninguém conseguiu fazer a diferença. Nem o protagonista e nem os coadjuvantes. É preciso ter opção de jogadas diante de posturas excessivamente defensivas.
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