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Seleção fecha praia e agrada elenco com liberdade. Só Neymar sofre em hotel

Praia privativa para os hóspedes da seleção brasileira - Danilo Lavieri/UOL
Praia privativa para os hóspedes da seleção brasileira Imagem: Danilo Lavieri/UOL

Danilo Lavieri, Dassler Marques, João Henrique Marques, Pedro Ivo Almeida e Ricardo Perrone

Do UOL, em Sochi (Rússia)

14/06/2018 04h00

Gabriel Jesus, William, Douglas Costa, Thiago Silva e Taison se unem para um banho de mar. A caminhada é curta, apenas alguns passos ao lado do hotel em que estão hospedados em Sochi, na Rússia. A área é fechada para evitar transtornos de turistas, mas nada absurdo ou ostensivo. Na concentração da seleção brasileira, foram a liberdade para circular e o convívio com hóspedes que animaram o elenco. No cenário, só Neymar evita dar as caras, já que o assédio ao camisa 10 é incontrolável.

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A escolha por dividir área em comum com hóspedes no hotel de luxo era um receio da comissão técnica. A ideia foi passar longe do estilo “quartel”, com isolamento e obrigações, e evitar transtornos psicológicos por conta disso. A medida vingou, com unanimidade em aceitação entre os jogadores.

A praia privativa já é um privilégio dos hóspedes. Para a seleção brasileira ainda foi reservada a possibilidade de exclusividade em um setor com entrada controlada por segurança e um sistema que só permite o acesso de crachás da CBF. Na quarta-feira, a maioria dos jogadores optou pelo banho de mar após o treinamento da parte da tarde, por exemplo.

A tranquilidade na maior parte do tempo no ambiente ajuda na rotina dos jogadores. Após curtirem a praia, por exemplo, a opção de retorno é por dentro do hotel, passando pela área da piscina, caminhando ao lado de hóspedes e até relaxando em uma grande sacada acima do restaurante.

O hotel de luxo conta com um prédio destinado apenas aos integrantes da seleção brasileira. Mesmo assim, são os momentos fora do protocolo que estão sendo elogiados. Como a possibilidade de evitar o ônibus e ir e voltar do treino caminhando – o campo fica anexado ao hotel – ou até em veículo no estilo “carrinho de golfe”

Outro ponto de agrado geral é a permissão de familiares nos treinamentos. Na quarta, Miranda levou o filho pequeno para dentro do campo após o encerramento da atividade. Ao fim do dia, os jogadores ainda receberam convidados no hotel para jantar.

Na rotina do estabelecimento, pouca coisa foi alterada. Alguns hóspedes nem mesmo dão conta da divisão de ambiente com a seleção brasileira. Até mesmo shows diários de música no deck da piscina no período noturno são vistos como relaxantes pela comissão técnica, mesmo próximos às janelas dos quartos dos atletas.

Restaurantes, bares, piscina... não há nenhuma área isolada além do prédio da seleção. A presença de jogadores brasileiros no hotel no período em que estão fechados só é sentida quando o som do pagode vindo de um dos quartos é ouvido na piscina.

Neymar é um caso à parte

No ambiente de descanso dos jogadores para apreciar a paisagem, a sacada acima do restaurante, Neymar resolve aparecer. O pedido de uma hóspede, com gritos em inglês, é imediato: “Neymar, você pode tirar uma foto com o meu filho?” Sem responder, o jogador deixa o local imediatamente.

Quando circulam no hotel, os jogadores brasileiros não convivem com assédio. A exceção é o camisa 10. Ao passarem crianças correndo em volta da piscina gritando, sua presença é facilmente notada.

O prédio da seleção não é cercado por hóspedes/fãs à espera pela oportunidade de contato. No entanto, o grito de “Neymar” já foi ecoado embaixo do edifício algumas vezes.