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Kremlin rebate deputada que recomendou veto a sexo com estrangeiros na Copa

Declarações de deputada foram rebatidas pelo governo russo nesta quinta-feira - Lukas Schulze/Fifa/Getty Images
Declarações de deputada foram rebatidas pelo governo russo nesta quinta-feira
Imagem: Lukas Schulze/Fifa/Getty Images

AFP

14/06/2018 10h28

As russas são livres para tomar suas próprias decisões: o Kremlin respondeu de maneira sucinta às polêmicas declarações de uma deputada russa que aconselhou as mulheres do país a não manter relações sexuais com estrangeiros que viajaram para a Copa do Mundo.

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"No que diz respeito às mulheres russas, elas decidirão por si mesmas como comportar-se com os torcedores que estão no país", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em uma entrevista coletiva, antes de afirmar que as russas são "as melhores mulheres do mundo".

Na quarta-feira (13), Tamara Pletneva, deputada comunista da Duma, a Câmara Baixa do Parlamento, afirmou que as mulheres do país não deveriam fazer sexo com os estrangeiros para evitar que se tornem "mães solteiras de filhos mestiços".

Ela citou como exemplo os Jogos Olímpicos de Moscou 1980, alegando que na época muitas russas engravidaram após relações com estrangeiros.

Pletneva disse que as mulheres que ficam grávidas de homens que depois abandonam o país "sofrem muito".

"Se eles são de uma raça diferente, é fatal ", disse, uma frase que provocou grande polêmica.

O porta-voz do Kremlin rejeitou as acusações de que a Rússia é uma nação racista e disse que "todos os países" trocam acusações de racismo e de homofobia.

"Estas acusações não têm nada a ver com a Copa do Mundo, Ontem, Putin destacou que o futebol está, e permanecerá, fora da política", declarou.

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