Suíço que já superou Neymar e Coutinho hoje é ofuscado por Jonas em Lisboa

O atacante suíço Haris Seferovic, 26, terminou as eliminatórias para a Copa do Mundo vaiado por sua própria torcida. Isso aconteceu mesmo com a vaga para a Rússia 2018 garantida.
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Para quem um dia, como goleador, já superou gente como Neymar, Philippe Coutinho, Mario Götze e Isco, a perseguição de uma arquibancada geralmente polida poderia parecer impensável. Mas essa é mais uma história de uma promessa da base do futebol que, na hora de enfrentar os melhores, não segue o curso imaginado.
Seferovic foi o artilheiro do Mundial sub-17 de 2009, na Nigéria, com cinco gols. O quinto deles foi o do título, na final contra os donos da casa, para garantir título que é um marco para os suíços. Eles, que serão o adversários de estreia da seleção brasileira na Copa, dia 17 de junho, nunca haviam vencido um torneio Fifa antes.
Naquele Mundial nigeriano, o Brasil, que também tinha o volante Casemiro e o goleiro Alisson, foi derrotado e eliminado pela própria Suíça logo na primeira fase – uma grande decepção para a CBF. Os helvéticos, depois, ainda despachariam a Alemanha de Götze, a Itália e a Colômbia pelos mata-matas.
Quase nove anos depois, o jogador de ascendência bósnia virou um nômade do futebol europeu. Depois de passar por Itália, Espanha e Alemanha, agora está em Portugal, pelo Benfica, aplaudindo do banco as atuações do veterano Jonas. O brasileiro tem 34 gols em 30 jogos pela liga portuguesa, contra quatro em 20 jogos de
Mas ainda não dá para dizer que o atacante suíço seja uma figura marginalizada no mercado europeu. Afinal, o próprio Benfica lhe ofereceu um contrato de cinco temporadas.
Pela seleção principal, Seferovic também teve seus lampejos. Pela primeira rodada da Copa de 2014, por exemplo, marcou nos acréscimos o gol de uma vitória dramática sobre o Equador, por 2 a 1, em Brasília. Alguns de seus companheiros da seleção sub-17, porém, estão mais firmes entre os titulares. É o caso do volante Granit Xhaka, do Arsenal.
Seferovic joga sob pressão pela Suíça. O interessante é notar que, até 2013, ele não sabia se jogaria pelos helvéticos. Ainda estava em dúvida diante da possibilidade de defender a Bósnia, terra de seus pais, segundo disse ao site “SportSport”. Ele teve vários encontros com Emir Spahic, capitão da seleção balcânica que estrearia pela Copa, um ano depois. "Obviamente meu desejo é jogar pela Bósnia”, afirmou.
As declarações obviamente não pegaram bem com os suíços. O que talvez ajude a explicar um pouco do rigor da torcida diante de suas apresentações. O comportamento hostil ao menos não foi repetido durante a goleada por 6 a 0 sobre o Panamá, em amistoso no final de março, em Lucerna. Na ocasião, saiu do banco. Antes, em vitória sobre a Grécia, foi titular e deu a assistência para o gol da vitória por 1 a 0, fora de casa.
Não é certo que Seferovic esteja entre os 11 titulares na rodada de estreia. Fato é que vai reencontrar, do outro lado, muitos de seus oponentes do melhor momento de sua carreira. Os brasileiros só esperam que as boas memórias não sirvam como motivação para aquele precoce artilheiro reencontrar o caminho do gol.
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