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Copa 2018

Admirado, companheiro diz que Messi não deixa transparecer pressão

Do UOL, em São Paulo

11/06/2018 09h09

A Argentina chegou à Rússia atrás de um título que não vem há 32 anos. Em 2014, o jejum parecia próximo de um fim quando a seleção disputou a final no Maracanã após uma boa campanha na Copa do Mundo do Brasil, mas foi a Alemanha quem saiu com a taça do Rio de Janeiro.

Dessa vez, as esperanças argentinas recaem sobre o mesmo jogador: Lionel Messi. O camisa 10, que completará 31 anos durante a Copa, chega, mais uma vez, como o principal jogador do país e capitão da seleção. 

Apesar de ter que carregar o fardo de nunca ter sido campeão pela Argentina, a tranquilidade com que Messi chega ao país sede surpreende até seus companheiros de time. O volante Lucas Biglia disse, em entrevista ao Clarín, que o camisa 10 nunca deixa transparecer estar sentindo a pressão.

"Nunca, zero. Eu sempre digo que é preciso estar dentro da cabeça de Leo. Acredito que não deve ser fácil ser Messi, para nada. Gostaria de perguntar-lhe muitas coisas sobre pressão e também se é consciente de tudo isso. Porque se ele realmente for consciente, quer dizer que realmente é um extraterrestre", falou.

Biglia também disse não saber como o jogador do Barcelona faz para sustentar um nível de futebol tão alto por tanto tempo.

"Eu me ponho no lugar do camisa 10 (Messi), e me pergunto: Como faz para estar ali em cima há dez anos? Que receita ele tem? Se mantém sempre no maior nível há dez anos. Tenho vontade de sentar cara a cara com ele e perguntar: Você aproveita? Tem noção da pressão que tem em cima de ti?", desabafa. 

Líder dentro de campo, Lionel Messi não gera admiração apenas em seus fãs nas arquibancadas. O volante da seleção argentina também é um dos admiradores do jogador. 

"Me sento no vestiário e sinto admiração por ele. É um cara sensível, comum e atualizado sobre o que acontece no mundo. Isso para mim não tem valor", completou.

Em julho de 2016, Messi anunciou que deixaria a seleção argentina após a derrota nos pênaltis para o Chile. O jogador acabou mudando de ideia, mas a decisão ainda deixa muitos apreensivos com uma possível aposentadoria da Argentina. Para Lucas Biglia, isso é algo que não pode acontecer.

"Ele tem uma mentalidade ganhadora e isso o faz crer que se não ganhar, não serve. Messi tem que jogar na seleção até se aposentar. É o indicado para ajudar as próximas gerações, porque depois da Copa haverá uma renovação de jogadores e muitos de nós não vamos estar aqui", finalizou.

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