Seleção tenta "zerar" agenda comercial em Londres antes de ida para Copa

A rotina da seleção brasileira em Londres não se encerra ao fim dos treinos de Tite. Depois que termina o dia de trabalho no centro de treinamento do Tottenham, alguns dos jogadores da seleção brasileira aproveitam para cumprir uma agenda comercial. Recebem representantes de patrocinadores e outros parceiros para honrar compromissos pessoais. Neste período, também tratam de eventuais transferências.

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A jornada extra atende à recomendação da comissão técnica para que os atletas tentem "zerar" suas agendas paralelas ao trabalho no time nacional antes da chegada a Sochi, base da equipe de Tite para a Copa da Rússia. O cenário ideal é que eles resolvam todas as pendências pessoais na Inglaterra para chegarem ao país do Mundial concentrados só nos treinamentos e na competição.

Fred, por exemplo, já acertou seu futuro assinando com o Manchester United durante a fase de preparação em Londres. Além dele, outros selecionáveis podem ser envolvidos em negociações. O goleiro Alisson, por exemplo, interessa ao Liverpool. “De vez em quando eu dou umas alfinetadas nele (Alisson). Falo: ‘vem para o Liverpool ajudar a gente!’.  Mas eu sei que eles estão decidindo. Ele e o empresário dele. E tem outros clubes também”, disse Firmino, numa confirmação de que pode haver mudança.

Para a comissão técnica, as atividades paralelas, incluindo trocas de clubes, não atrapalham a concentração dos atletas neste momento. Também no espírito de limpar a agenda, o lateral Marcelo recebeu nesta quarta integrantes de uma equipe para gravar com ele e Willian. O encontro foi marcado para depois do jantar, na área de atendimento à imprensa.

O goleiro Cássio também está no grupo que trata de assuntos comerciais e recebeu convidados na concentração. Na última segunda, Marquinhos e Philippe Coutinho recepcionaram funcionários da Nike, patrocinadora deles. Danilo e Willian também tiveram encontros profissionais.

O fato de a seleção estar em Londres ajudou em toda essa operação. No centro da Europa, a capital britânica facilita o vai e vem de empresários e familiares. Na Rússia, a promessa é que tudo isso mude. Mais próximo da Copa do Mundo, o Brasil deve limitar esse contato com o mundo exterior, pedindo aos jogadores que se concentrem 100% nos desafios que têm pela frente.