CAS diz que "não vai se opor" a pedido de Guerrero à corte suíça por Copa
A Corte Arbitral do Esporte (CAS) informou nesta quinta-feira que "não vai se opor" a qualquer decisão do Tribunal Federal da Suíça sobre o caso de doping envolvendo o atacante Paolo Guerrero. Última instância desportiva, o CAS suspendeu o peruano, em maio, por 14 meses, impedindo Guerrero de disputar a Copa do Mundo.
O jurídico do atleta, então, apelou ao Tribunal da Suíça, acreditando na possibilidade de conseguir a liberação para jogar o Mundial. Um veredicto é esperado
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O jogador do Flamengo pediu ao Tribunal Federal Suíço a suspensão da execução da sanção do CAS. Através de um comunicado, o CAS informou não se opõe a este pedido do jogador.
Como parte do recurso apresentado na última semana, que para Guerrero é a última esperança para participar do Mundial, a Federação Peruana de Futebol (FPF) colheu uma declaração de seu presidente, Edwin Oviedo, na qual este ressalta os valores, a trajetória e a importância do atacante como referência da seleção.
Atacante diz ter sido injustiçado
Guerrero confia que a Justiça comum da Suíça pode liberá-lo para disputar a Copa do Mundo 2018. Em entrevista à BBC, o jogador voltou a se dizer injustiçado e agradeceu pelo apoio de todos.
“Eu continuo aqui, treinando, porque estamos apelando junto ao Supremo Tribunal Federal suíço. Eu creio na Justiça suíça. Tivemos uma reunião com o senhor [Gianni] Infantino [presidente da Fifa]. Pode ser que a decisão saia muito rápido e, se Deus quiser, eu poderei me integrar à seleção para o Mundial”, disse o atacante.
Entenda o caso
Guerrero testou positivo no último dia 5 de outubro para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína e da folha de coca, após o empate sem gols entre Peru e Argentina, em Buenos Aires, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. O metabólito está na lista de substâncias proibidas.
Por isso, a Comissão Disciplinar da Fifa puniu o jogador com um ano de suspensão no dia 3 de novembro. A defesa do jogador havia entrado com recurso à Comissão de Apelações da Fifa, reduzindo a pena para seis meses, que terminou em 3 de maio.
A defesa de Guerrero alegou que o atleta bebeu um chá de coca dentro do hotel. Os advogados Bichara Neto e Pedro Fida fazem a defesa jurídica de Guerrero.
Contratado pelo atacante peruano, o bioquímico Luiz Carlos Cameron argumentou que a quantidade da substância dopante encontrada na urina do jogador não era suficiente para responsabilizá-lo por uso de droga.
O bioquímico salientou que não havia traços de coca no cabelo do jogador, o que seria mais uma evidência de que Guerrero não havia consumido cocaína. Uma funcionária do hotel de Buenos Aires prestou depoimento à CAS, via Skype, onde teria admitido a entrega de um chá com coca para Guerrero. Mas a defesa do atacante não convenceu a CAS, que aplicou suspensão por 14 meses.
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