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Seleção vai bem, mas CBF esbarra na própria desorganização fora de campo

Tite orienta jogadores durante o treino aberto da seleção brasileira - Pedro Martins / MoWA Press
Tite orienta jogadores durante o treino aberto da seleção brasileira
Imagem: Pedro Martins / MoWA Press

Danilo Lavieri, Dassler Marques e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Teresópolis

26/05/2018 04h00

A seleção brasileira finaliza a primeira etapa de sua preparação para a Copa do Mundo neste sábado (26). Depois de um treino que será fechado para a imprensa, os jogadores serão liberados para um dia de folga antes do embarque para Londres, programado para domingo. Dentro de campo, os planos tiveram resultados melhores do que o esperado, mas, fora dele, a entidade viu seu ambiente tumultuado.

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A começar pelo impasse com a lista de suplentes de Tite para o Mundial. Depois de alguns atrasos na parte burocrática, a CBF chegou a acreditar que solucionaria o problema ao enviar uma lista final na segunda-feira, como divulgado pelo seu coordenador, Edu Gaspar, em coletiva de imprensa.

Não foi o que aconteceu. Na quarta-feira, a entidade precisou avisar o Palmeiras que não era recomendado que Dudu entrasse em campo contra o América-MG, pela Copa do Brasil. De lá para cá, postergou a divulgação dos convocados e comprometeu o planejamento dos times que não sabiam se poderiam, ou não, contar com seus atletas.

O problema só foi solucionado na sexta-feira, mas com certa dificuldade. Os clubes começaram a divulgar que tinham seus atletas liberados antes mesmo de a CBF se manifestar oficialmente. Ao oficializar o fim do impasse, publicou um texto em seu site destacando que os atletas estariam liberados, sem explicar se havia conseguido o aval da Fifa.

No fim, a única explicação dada foi que Tite havia enviado a sua lista final com os 23 titulares e que os 12 suplentes, então, estavam liberados para atuar pelos seus times.

No mesmo dia, enquanto treinava em campo, a seleção ouviu protestos de centenas de pessoas que não tiveram acesso ao trabalho do time dentro de campo. Invasões, corre-corre e até gritos de “uh é 7 a 1” marcaram a sexta-feira.

Em contrapartida, tudo o que foi planejado pela comissão técnica ocorreu até melhor do que se esperava. Apesar de ainda não contar com o seu principal jogador no melhor da forma, a seleção viu Neymar ter uma ótima evolução de sua lesão no pé e contou com o camisa 10 em campo por três dias seguidos.

Tite pôde observar seus atletas em trabalhos táticos e técnicos e não teve sustos, além de conseguir “igualar” as condições físicas dos atletas convocados. A única notícia ruim já havia sido dada no dia 19 de maio, quando Douglas Costa avisou que tinha se lesionado atuando pela Juventus. Seu corte, no entanto, está descartado por ora.

O Brasil viaja para Londres no domingo, onde e prepara para enfrentar a Croácia, no dia 3 de junho, em Liverpool. No dia 10, encara a Áustria, em Viena. De lá, viaja para Sochi, cidade que usará como base na Rússia durante a primeira fase. A estreia está marcada para o dia 17 contra a Suíça, em Rostov. Costa Rica e Sérvia completam a lista de rivais.

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