Carrasco do Brasil em 1990, Caniggia relembra gol: 'Foi como PlayStation'
Com três vitórias nos três jogos de seu grupo da primeira fase, o Brasil chegou às oitavas de final da Copa do Mundo de 1990 para enfrentar a Argentina. No entanto, em seu primeiro jogo de mata-mata, foi eliminado por conta da derrota por 1 a 0, graças ao gol de Claudio Caniggia.
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No lance, aos 37 min do segundo tempo, Diego Maradona se livrou da marcação do meio do campo, enfiou-se no meio de quatro defensores e liberou Caniggia no lado esquerdo. Livre, o camisa 8 saiu cara a cara com Taffarel, driblou o goleiro e mandou para as redes.
Passados 28 anos, Caniggia ainda se lembra daquele gol de maneira “extraordinária”. Em entrevista publicada pelo site da Fifa, o ex-jogador comparou o gol daquela partida a um jogo de vídeo-game.
“Para mim, é uma fonte de alegria e orgulho. Acho que o gol na semifinal contra a Itália também foi muito importante, mas o do Brasil foi incrível porque, além de serem nossos principais rivais, o gol veio de um movimento no meio de campo onde você pode ver cinco brasileiros e dois argentinos”, relembrou. “Foi um grande momento de futebol. Era como se fossem jogadores de PlayStation”, completou.
Depois de passar pelo Brasil pelo placar mínimo, a Argentina nos pênaltis por Iugoslávia (0 a 0 no tempo normal, depois 3 a 2) e Itália (1 a 1 no tempo normal, depois 4 a 3). Na final, perdeu para a Alemanha Ocidental, que venceu a decisão por 1 a 0.
Caniggia, porém, não gosta de críticas a respeito das apresentações da Argentina naquela Copa do Mundo. Para ele, a equipe comandada por Carlos Billardo sofreu com muitos problemas, mas jogou melhor que todas as outras equipes - inclusive a campeã Alemanha.
“Ninguém nos superou – apenas o Brasil, nos primeiros 45 minutos das oitavas de final. Muita coisa aconteceu conosco: Maradona, Ruggeri e Burruchaga chegaram ao torneio machucados. Pumpido quebrou uma perna. Os então campeões estavam com um monte de problemas”, argumentou. Na ocasião, o goleiro Nery Pumpido foi substituído por Ángel Comizzo na convocação.
“Alguns jogadores não haviam treinado, outros precisavam de injeções. Tivemos mudanças entre os titulares. Foi horrível! Qual outra equipe passou por tudo isso em uma Copa do Mundo? Nossa reação foi incrível, e nós quase ganhamos o torneio. Foi o maior exemplo de força psicológica e triunfo sobre a adversidade que eu vivenciei”, acrescentou.
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