CR7 é comparado a Cristo pela família após salvar vida do irmão; entenda

A família Aveiro enxerga seu caçula, Cristiano Ronaldo, como Jesus Cristo. "Seu nascimento foi como um pequeno Jesus chegando à nossa casa", disse a senhora Dolores, mãe do craque, ao jornal espanhol Mundo Deportivo. A frase remonta a uma história que só não resultou em tragédia graças ao jogador do Real Madrid.
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Em 1974, José Dinis, o pai da família Aveiro, embarcou para Angola com o exército português; quando voltou, já não era mais o mesmo. O irmão mais velho de Cristiano, Hugo, nasceu em 1975, depois de o pai retornar da então colônia - que viria a se libertar de Portugal oficialmente naquele ano -, e chegou a trilhar o mesmo caminho de autodestruição que tirou precocemente a vida do progenitor, em 2005: o alcoolismo e o uso de drogas.
"O meu pai era divertido quando estava bêbado, e estava quase sempre bêbado. Mas eu não o conheci de verdade, de coração, e não sei por que ele bebia. Talvez estivesse frustrado. Eu queria um pai diferente, um que fosse mais presente nas minhas conquistas", disse Cristiano Ronaldo no documentário "Ronaldo", distribuído no Brasil pela Universal Pictures.
Foi o pai que escolheu seu nome, inspirado pelo ex-presidente americano Ronald Reagan, mas também foi o pai que acabou por exercer influência negativa sobre a vida de Hugo; quando Cristiano se mudou sozinho para Lisboa aos 12 anos, a vida do irmão mais velho desmoronou. A primeira tentativa da mãe de colocá-lo em uma clínica foi um fracasso.
Mas Cristiano, que logo de cara foi visto como o bebê salvador da família, não deixou a história se repetir: aos 16 anos, quando defendia o Sporting e já tinha um salário maior que o da mãe, pagou pela reabilitação do irmão e fez promessas de conquistas - no entanto, em contrapartida, o irmão mais velho deveria parar de beber. "Não há dúvida de que seu dinheiro salvou o Hugo", contou Dolores no documentário.
Uma das histórias está centralizada na temporada 2013/2014 da Liga dos Campeões: uma vez encerrada a grande final contra o Atlético de Madri, Hugo saltou para o gramado do Estádio da Luz, em Lisboa, e abraçou o jogador após a conquista da histórica 10ª taça do Real Madrid.
Hoje, Ronaldo é padrinho do filho de Hugo, que, por sua vez, administra o museu do craque em Madeira, Portugal.
A falta de uma figura paterna saudável poderia ter destruído os sonhos de Cristiano Ronaldo, bem como ameaçou destruir a vida de Hugo.
No entanto, a derrocada de Dinis foi o combustível do pequeno menino que viria a ser o melhor atleta do planeta, que até hoje alega não consumir bebidas alcoólicas.
Talvez o detalhe mais chocante em toda esta história seja o fato de que Dolores Aveiro, a mãe, admite que Cristiano foi o único bebê não planejado dentre seus quatro filhos (as outras duas irmãs são Liliana e Elma). "Muitas vezes ele brinca e diz: 'você não queria que eu nascesse, mas agora vê que eu estou aqui para ajudar todo mundo'. E, bom, às vezes é preciso rir disso", escreveu a mãe em seu livro, "Mãe Coragem".
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