Seleção quer "novo Ronaldo", mas Neymar chega à Copa com bem menos jogos

"Gradativamente, ele poderá atingir o auge na Copa do Mundo, como Ronaldo em 2002". A frase é do preparador físico da CBF, Fábio Massaredjian, em entrevista ao Sportv na última quinta-feira (17). Apesar da comparação pelo fato de ambos serem as estrelas da seleção brasileira e terem sofrido com lesões às vésperas do Mundial, os dois casos têm diferenças.
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Neymar fraturou o quinto metatarso do pé e foi operado em março de 2018. Ele desembarca no Brasil nesta sexta-feira sem ter jogado de lá para cá. Seu retorno acontecerá, provavelmente, no dia 3 de junho, em amistoso contra a Croácia: três meses no estaleiro. Depois disso, enfrentará apenas a Áustria, no dia 10 do mesmo mês. Assim, a estrela do PSG chegará no Mundial tendo disputado, no máximo, dois jogos às vésperas da estreia da seleção, marcada para 17 de junho, contra a Suíça, em Rostov, na Rússia.
Já Ronaldo teve uma lesão muscular na coxa em dezembro de 2001, atuando pela Internazionale, contra o Piacenza. Sua volta foi feita em março, em amistoso pela seleção brasileira, contra a Iugoslávia. De lá até a Copa, o atleta disputou seis jogos com sua equipe e três com o time comandado por Felipão, incluindo os amistosos pré-Copa. O Fenômeno chegou na Copa com nove jogos disputados entre abril e a estreia, contra a Turquia, no dia 3 de junho de 2002.
A aposta de Felipão em Ronaldo deu certo, mas gerou bastante controvérsia na época da convocação, especialmente porque o treinador preteriu Romário. No fim, além do pentacampeonato, o atacante foi o artilheiro da competição, com oito gols.
Ele ainda venceu uma série de desconfianças por conta da sequência de graves lesões que sofreu nos anos anteriores. Em 2000, a imagem que chocou o mundo com o atleta vendo seu joelho se desfazer em uma tentativa de drible chegou a colocar a continuação da carreira dele em dúvida. Ele ficou 16 meses sem jogar. Voltou em setembro de 2001 e se lesionou novamente, para, então, voltar às vésperas do Mundial.
Imediatamente após a lesão de Neymar, Tite e os demais membros da comissão técnica da seleção brasileira foram questionados se o fato poderia “jogar a favor” da seleção porque o principal atleta do time chegaria descansado para o Mundial. A comparação com Ronaldo foi inevitável.
Internamente, no entanto, há no PSG quem afirme que Neymar poderia ter voltado antes dos três meses de recuperação, mas preferiu priorizar uma pré-temporada que o fizesse chegar “zerado” para a Copa do Mundo. O lado negativo é que ele não terá o mesmo ritmo de jogo que teve o Fenômeno ao voltar aos gramados.
Há dois casos distintos de recuperação da mesma lesão que o camisa 10 da seleção teve. Em dezembro de 2017, Gabriel Jesus precisou passar pelo mesmo tipo de tratamento e voltou ao gramado pelo Manchester City dois meses depois. Já Mina, no Palmeiras, passou por cirurgia em agosto de 2017 e só conseguiu voltar em novembro, três meses depois.
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