"Hino da França chama à guerra e eu não gosto disso", diz Benzema
Mesmo fora da seleção francesa há três anos, uma característica de Kazim Benzema sempre chamava a atenção em jogos da equipe. O atacante jamais cantava A Marselhesa, o hino de seu país.
Em entrevista à revista Vanity Fair, o jogador do Real Madrid revelou o motivo de permanecer em silêncio. "Se escutarmos bem, A Marselhesa chama a fazer guerra, e eu não gosto disso."
Benzema passou a não fazer mais parte dos planos de Didier Deschamps em 2015, após se envolver num escândalo com o meia Mathieu Valbuena, em que o atacante do Real pediria 150 mil euros para um grupo não tornar público um vídeo com imagens íntimas do meio-campista com a namorada.
O atacante do Real, que alegou querer apenas ajudar Valbuena, afirmou que sua ausência da seleção não é algo que se trata de uma escolha técnica. "Quando um primeiro ministro fala de você, já não é futebol. Acho que não há que misturar futebol e política. No meu caso é um assunto político."
Mesmo assim, ele deixou as portas abertas para voltar à seleção francesa. "Já tenho 30 anos e dois filhos. Estou tranquilo aqui. Se me quiserem, sabem onde eu estou."
Ainda sobre o escândalo, o jogador, que chegou a ficar preso por um dia, afirmou que se recuperou também por conta de Florentino Pérez, presidente do Real Madrid. "Depois de passar um dia na cadeira, voltei a Madri muito triste. Florentino me esperou em Valdebebas e me deu todo o seu carinho."
Criticado pela imprensa espanhola nos últimos jogos, Benzema afirmou que procura não acompanhar o que é dito pela mídia de Madri. "Se jogo mal, não preciso da imprensa para saber".
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